As Religiões Tradicionais Africanas
O mundo destes povos muitas vezes não encontram explicações satisfatórias em nossas mentalidades, que exigem provas, racionais, lógicas. O mundo tradicional liga intimamente a vida em suas manifestações.
Nesse sentido, para entendermos melhor as religiões tradicionais africanas, é importantíssimo ter uma atitude de abertura, sem preconceitos ou pré-julgamentos.
Tenhamos em conta - que estas religiões não possuem textos escritos ou livros sagrados, mas, se baseiam na tradição ou narração passada de geração em geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.
Tenhamos em conta - que estas religiões não possuem textos escritos ou livros sagrados, mas, se baseiam na tradição ou narração passada de geração em geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.
O Concílio Vaticano II - reconheceu que as religiões tradicionais africanas são expressões de uma experiência religiosa em que estão presentes muitos elementos de verdade, de graça e que representam a grande riqueza desses povos.
Espiritual e Material
A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que é visível, físico, material e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos fundem-se entre sí: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha em si elementos do mundo espiritual. Isto conduziu a crença de que há espíritos nas pedras, nas montanhas, nos rios, nos trovões, no sol e na lua... Daí a religião tradicional africana ser muitas vezes chamada também de religião animista. (manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite))
Espiritual e Material
A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que é visível, físico, material e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos fundem-se entre sí: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha em si elementos do mundo espiritual. Isto conduziu a crença de que há espíritos nas pedras, nas montanhas, nos rios, nos trovões, no sol e na lua... Daí a religião tradicional africana ser muitas vezes chamada também de religião animista. (manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite))
Seus praticantes vivem em profunda harmonia com todo o universo e esforçam-se para comportar-se de maneira adequada, conforme as leis morais.
Isso significa que não existem momentos religiosos mais destacados de outros, considerados profanos, mas toda a vida é sustentada pelo elemento religioso que une os seres, o cosmo, o mundo visível e o ser superior. Todo o universo tem uma alma.
Ritos
Ritos, cerimônias, preces... são algumas modalidades através das quais o ser humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo.
Mas, o que importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma atitude profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é colocado num contexto que supera a dimensão material.
O Ritual que Sacraliza
Os momentos importantes da vida: nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande variedade e ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças, etc.
Ritos de Iniciação
Garantem uma boa integração na comunidade dos vivos, os ritos fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser bem feitos. Frequentemente, a iniciação é também o ingresso em uma sociedade secreta, "onde se aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem secreta"
Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas... As oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso. O mesmo acontece com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo.
Elementos
As Religiões Tradicionais Africanas, diferentes em muitas manifestações, de acordo com os respectivos povos, possuem vários pontos comuns essenciais, mas, tendo como objeto central a vida.
Potências Espirituais
Abaixo do Ser Supremo existem inúmeras potências mais ou menos espirituais, que se ocupam das coisas mundanas, em lugares do Ser Supremo, e que, por isso, são muitos invocadas. (como os orixás de ioruba)
Demiurgo
A criação foi feita mediante um demiurgo (artífice) que é um antepassado mítico, as vezes identificado com o fundador do povo, do qual se devem tanto a geração do ser humano como introdução dos costumes, ofícios e ritos.
Ritos de Iniciação
Como todos os povos primitivos, os africanos dão importância aos ritos de iniciação que, raro exigem provas duríssimas, até sangramentos (mutilações).
Danças
Na falta de livros, os ritos desempenham papel importante na manutenção viva e atuante das tradições religiosas e sociais. Neste sentido, as danças são fundamentais em sua importância, pois, os seus ritmos e dinamismo, dão a máxima expressão a todas as atividades do povo.
Curandeiros
Com artes próprias, como incisões e aplicações de ervas, e mesmo com recursos das sugestões, atendem ás necessidades do povo.
Culto
Em geral, os africanos não possuem estátuas, nem templos e sacerdotes. Os sacrifícios de animais (porcos, cães, cabritos, aves...) não são oferecidos a Deus como adoração, mas aos orixás (espíritos intermediários), como veículo de comunicação com os vivos, já que o sangue é tido como portador de vida.
Moral
Para o africano, moral e religião são praticamente a mesma coisa. As ações que prejudicam a convivência humana ou o equilíbrio das forças naturais, são punidas pela autoridade tribal ou reparadas por ritos religiosos, pois irritam igualmente os espíritos provocando calamidades públicas, como secas, enchentes, enfermidades, mortes... Desta forma, o africano se vê obrigado a respeitar os bens, a vida e a pessoa do próximo, ainda que não conheça preceitos morais impostos por Deus. O adultério é também severamente condenado, embora a vida sexual seja encarada com muita tolerância, pois se trata do exercício de uma função vital.
O Ritual que Sacraliza
Os momentos importantes da vida: nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande variedade e ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças, etc.
Ritos de Iniciação
Garantem uma boa integração na comunidade dos vivos, os ritos fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser bem feitos. Frequentemente, a iniciação é também o ingresso em uma sociedade secreta, "onde se aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem secreta"
Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas... As oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso. O mesmo acontece com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo.
Elementos
As Religiões Tradicionais Africanas, diferentes em muitas manifestações, de acordo com os respectivos povos, possuem vários pontos comuns essenciais, mas, tendo como objeto central a vida.
Potências Espirituais
Abaixo do Ser Supremo existem inúmeras potências mais ou menos espirituais, que se ocupam das coisas mundanas, em lugares do Ser Supremo, e que, por isso, são muitos invocadas. (como os orixás de ioruba)
Demiurgo
A criação foi feita mediante um demiurgo (artífice) que é um antepassado mítico, as vezes identificado com o fundador do povo, do qual se devem tanto a geração do ser humano como introdução dos costumes, ofícios e ritos.
Ritos de Iniciação
Como todos os povos primitivos, os africanos dão importância aos ritos de iniciação que, raro exigem provas duríssimas, até sangramentos (mutilações).
Danças
Na falta de livros, os ritos desempenham papel importante na manutenção viva e atuante das tradições religiosas e sociais. Neste sentido, as danças são fundamentais em sua importância, pois, os seus ritmos e dinamismo, dão a máxima expressão a todas as atividades do povo.
Curandeiros
Com artes próprias, como incisões e aplicações de ervas, e mesmo com recursos das sugestões, atendem ás necessidades do povo.
Culto
Em geral, os africanos não possuem estátuas, nem templos e sacerdotes. Os sacrifícios de animais (porcos, cães, cabritos, aves...) não são oferecidos a Deus como adoração, mas aos orixás (espíritos intermediários), como veículo de comunicação com os vivos, já que o sangue é tido como portador de vida.
Moral
Para o africano, moral e religião são praticamente a mesma coisa. As ações que prejudicam a convivência humana ou o equilíbrio das forças naturais, são punidas pela autoridade tribal ou reparadas por ritos religiosos, pois irritam igualmente os espíritos provocando calamidades públicas, como secas, enchentes, enfermidades, mortes... Desta forma, o africano se vê obrigado a respeitar os bens, a vida e a pessoa do próximo, ainda que não conheça preceitos morais impostos por Deus. O adultério é também severamente condenado, embora a vida sexual seja encarada com muita tolerância, pois se trata do exercício de uma função vital.
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Antonio