sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

PLANEJAMENTO DE AULAS PARA OS 2 ANOS - A-B-C-D = HISTÓRIA

 Planejamento de aulas de História para os 1º bimestre ao 4º bimestre

1º Bimestre


Tema 01:   Renascimento






    No fim da Idade Média na Europa, aconteceram algumas mudanças radicais, que alteraram para sempre a história da civilização ocidental. Essas mudanças ocorreram na economia, na cultura, na política e na religião. A partir dessa unidade esses temas serão detalhados.


    O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna.

    O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras, que enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo, que deu origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.

    A cultura renascentista teve características marcantes. Os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência (racionalismo), para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica (experimentalismo).

    Os renascentistas refletiam sobre os problemas humanos e da necessidade de o homem conhecer a si próprio, afirmar a sua personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e a glória e satisfazer suas ambições, através da ideia de que o direito individual estava acima do direito coletivo (individualismo). Por fim a cultura renascentista, com seu caráter humanista colocava o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo, numa clara atitude de valorização do ser humano (antropocentrismo).

    O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na Itália em meados do século XIV. O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia. Os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.

    O estudo dos textos antigos despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas, como o latim e o grego. A partir do século XIV, ao mesmo tempo em que os renascentistas se dedicavam ao estudo das línguas clássicas, diferentes dialetos davam origem às línguas nacionais. Gestado nessa época, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, inclusive para os iluministas do século XVIII.

    Os estudos humanísticos e as grandes conquistas artísticas da época foram fomentados e apoiados economicamente por grandes famílias como os Médici em Florença, os Sforza em Milão, os Doges em Veneza e o Papado em Roma.

    O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles, Dante Alighieri, autor da Divina Comédia; Maquiavel, autor de O Príncipe, obra precursora da ciência política, nela o autor dá conselhos aos governadores da época. Considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, o inglês Willian Shakespeare abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões pessoais, sociais, políticas etc., escreveu comédias e tragédias, como Romeu e Julieta, Macbeth, A Megera Domada, Otelo e várias outras. Na península Ibérica, Miguel de Cervantes fez em seu livro Dom Quixote, uma crítica contundente da cavalaria medieval. Em Portugal, a expressão máxima foi Luís Vaz de Camões, autor do poema épico Os Lusíadas.

    No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Nas artes plásticas surgiu Rafael Sanzio, o mestre do desenho e da pintura, "o pintor das madonas". A Madona do Prado é considerada uma das mais perfeitas de Rafael. Entretanto a maior figura do período foi Michelangelo, escultor e pintor, responsável pelos monumentais afrescos da Capela Sistina, em Roma. O gênio, Leonardo da Vinci, dedicou-se a diversos ramos da arte e da ciência. Como pintor, criou a (Gioconda), a Mona Lisa e a Santa Ceia, duas das mais conhecidas obras de arte do Ocidente.

    Houve também progressos na medicina e anatomia, especialmente após a tradução, nos séculos XV e XVI, de inúmeros trabalhos de Hipócrates e Galeno. Entre os avanços realizados, destacam-se a inovadora astronomia de Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Galileu Galilei.

    O físico e astrônomo italiano Galileu afirmava que a Terra girava ao redor do Sol, contra as crenças da Igreja Católica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Negou-se a retratar-se, apesar das ordens de Roma, e foi sentenciado à prisão perpétua.

    No campo da tecnologia, a invenção da imprensa pelo alemão Johannes Gutenberg, no século XV, revolucionou a difusão dos conhecimentos e o uso da pólvora transformou as táticas militares, entre os anos de 1450 e 1550. 
O clero renascentista ajustou seu comportamento à ética e aos costumes de uma sociedade laica. As atividades dos papas, cardeais e bispos somente se diferenciavam das usuais entre os mercadores e políticos da época. Ao mesmo tempo, a cristandade manteve-se como um elemento vital e essencial da cultura renascentista. A aproximação humanista com a teologia e as Escrituras são observadas tanto no poeta italiano Petrarca como no holandês Erasmo de Rotterdam, fato que gerou um poderoso impacto entre os católicos e protestantes.


Tema 02:   Reforma e Contrareforma





Reforma e Contrarreforma


    O cristianismo, dividido em três grandes ramos (católicos, ortodoxos e protestantes), é a religião que reúne, atualmente, o maior número de seguidores, cerca de 34% da população mundial.

    Os católicos formam o grupo mais numeroso dos cristãos (51%), seguidos pelos protestantes (35%), que se dividem em luteranos, anglicanos, calvinistas, etc.

    A primeira grande divisão entre os cristãos, chamada Grande Cisma do Oriente, se deu no século XI, em 1054, quando a Igreja de Constantinopla não aceitou mais a jurisdição do papa de Roma em seus assuntos, dando origem a Igreja Cristã Ortodoxa. 

    Outra grande ruptura da cristandade acorreu no século XVI, causado por inúmeros motivos, o que resultou em um processo conhecido como Reforma Protestante.

    A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais deixavam a população insatisfeita.

    A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.

Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).

    No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.

    O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Luterana
    O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.

    As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo (religião luterana). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto às imagens e revogou o celibato. 

A Reforma Calvinista
    Na França, João Calvino começou a Reforma Calvinista no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).

A Reforma Anglicana
    Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.


A Contrarreforma Católica
    Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido:
Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas; 

Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias 

Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.

A revista Época em sua edição 638 de 06/08/2010 trouxe como matéria de capa "A Nova Reforma Protestante", de Ricardo Alexandre, onde trata de cristãos que buscam o retorno ao Evangelho puro e simples de Cristo. Vale a pena uma leitura do artigo. Abaixo a reprodução da capa e o link da matéria via Púlpito Cristão. Clique aqui









Tema 03:   Formação dos Estados Absolutistas Europeus







Formação das Monarquias Nacionais

    As crises do fim da era Medieval (econômica, política e religiosa) provocaram a dissolução do sistema feudal. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza. 

    O comércio se expandia a burguesia, que era a classe social ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica e poderosa, com isso ela precisava de uma nova organização política que fosse capaz de acabar com as intermináveis guerras da nobreza feudal, que diminuísse a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos senhores feudais e que reduzisse o grande número de moedas que atrapalhavam seus negócios.
Por isso, a burguesia passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis, contribuindo financeiramente na construção de monarquias nacionais capazes de formar governos estáveis e ordeiros.

    O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns de uma nação.

    Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional, surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos.

    Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano).

    Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Toda essa concentração de poder passou a ser denominado Absolutismo Monárquico.

Os principais Estados Absolutistas europeus foram:

•Portugal: surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros, que só aconteceu em 1249 com a conquista de Algarves (sul de Portugal);

•Inglaterra: o absolutismo inglês teve início após a Guerra das Duas Rosas entre as famílias York e Lancaster onde o Lancaster Henrique Tudor com o apoio da burguesia venceu e tomou o poder. Fundador da dinastia Tudor, Henrique VII (1485-1509) inaugurou a era dos reis absolutistas ingleses. Seu filho Henrique VIII foi o que exerceu o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Já sua neta Elisabete I, foi a última rainha soberana incontestável;

•Espanha: em 1469 aconteceu o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas. O absolutismo espanhol atingiu seu apogeu com a dinastia Habsburgo e o rei Felipe II;

•França: o processo de centralização política francesa iniciou-se com o rei Felipe II no século XII. Usando os conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo do território nacional. Durante o governo do rei Luís IX, o poderio real foi ampliado com a criação de instituições jurídicas subordinadas às leis nacionais e a economia comercial se fortaleceu com a instituição de uma única moeda nacional. No governo de Felipe IV o belo, foi criada a Assembleia dos Estados Gerais para reafirmar o poder político real. Mas a guerra dos Cem Anos com a Inglaterra enfraqueceu o poder real e somente a partir de 1453, o rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo real europeu.

sábado, 18 de março de 2017

Absolutismo Monárquico






































    No fim da Idade Média na Europa, aconteceram algumas mudanças radicais, que alteraram para sempre a história da civilização ocidental. Na economia, o capitalismo nascente, rompia de vez com a ruralização do feudalismo. Na cultura, o renascimento fez o homem voltar-se mais para si e se preocupar com uma vida mais próspera. Já na religião, rompeu-se o monopólio católico de Deus e sua interpretação dos assuntos religiosos. 

    Por fim a última mudança importante se deu na política, com o fim dos poderes regionais dos senhores feudais e uma centralização política comandada pelos reis dos novos Estados Nacionais que surgiram nessa época. 

As crises do fim da era Medieval (econômica, política e religiosa) provocaram a dissolução do sistema feudal. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza. 

    O comércio se expandia a burguesia, que era a classe social ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica e poderosa, com isso ela precisava de uma nova organização política que fosse capaz de acabar com as intermináveis guerras da nobreza feudal, que diminuísse a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos senhores feudais e que reduzisse o grande número de moedas que atrapalhavam seus negócios. 
    Por isso, a burguesia passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis, contribuindo financeiramente na construção de monarquias nacionais capazes de formar governos estáveis e ordeiros. 

    O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns de uma nação. 

    Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais de cada governo nacional, surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante) tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos. 

    Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos permanentes, controlados pelos reis (soberano). 

    Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Toda essa concentração de poder passou a ser denominado Absolutismo Monárquico. 

    Durante os séculos em que vigorou, foram vários os teóricos que deram sustentação ao poder absoluto dos reis, entre eles destacam-se: 
•Thomas Hobbes – autor Leviatã dizia que em seu estado de natureza e entregues à própria sorte, os homens devorariam uns aos outros. É por isso, então, que, por necessidade, fizeram entre si um contrato social que designou um soberano sobre todos os demais, tido como súditos. A esse soberano, o rei absolutista, competiria garantir a paz interna e a defesa da nação; 

•Nicolau Maquiavel – autor de O Príncipe escrito no século XVI. O Príncipe é um tratado político a respeito das estruturas do estado moderno. Nessa obra, Maquiavel discorre sobre vários temas, sempre abordando a maneira como o soberano, chamado de Príncipe, deve agir para manter seu reino. 

Os principais Estados Absolutistas europeus foram: 

•Portugal: surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D. Afonso Henrique, da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram envolvidos na luta pela expulsão dos mouros, que só aconteceu em 1249 com a conquista de Algarves (sul de Portugal); 
•Inglaterra: o absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1485-1509), fundador da dinastia Tudor. Seu filho Henrique VIII foi o que exerceu o poder mais absoluto entre todos os monarcas ingleses. Já sua neta Elisabete I, foi a última rainha soberana incontestável; 
•Espanha: em 1469 aconteceu o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas. O absolutismo espanhol atingiu seu apogeu com a dinastia Habsburgo e o rei Felipe II; 
•França: foi durante a Guerra dos Cem Anos que o sentimento de nacionalismo dos franceses se intensificou. O poder dos reis cresceu e os sucessivos monarcas franceses aumentaram ainda mais o poder real. Mas guerras religiosas voltaram a enfraquecer o poder real até que Henrique IV (1589 – 1619), a paz foi alcançada a aconteceu a expansão econômica, política e militar do país. O principal monarca absolutista francês, no entanto foi, Luís XIV, conhecido como rei Sol. Símbolo do poder supremo é atribuído a ele a famosa frase, “O Estado sou eu”.






















Tema 04:   

Encontro entre Europeus e as Civilizações da África, da Ásia e da América.

África                                                         

América






O encontro dos europeus com outros povos

    Nos séculos XV, XVI E XVII ocorreu a grande expansão marítima comercial dos países europeus. Através das Grandes Navegações, pela primeira vez na história, o mundo seria totalmente interligado. Muitos povos da América, África e Ásia foram conquistados e colonizados. Esse contato entre os europeus e os povos nativos teve profundas transformações para sempre na vida de ambos.

ÁFRICA 

A expansão portuguesa começou em 1415, com a tomada de Ceuta, importante centro comercial dominado pelos muçulmanos no norte da África. 

Em seguida, Portugal ocupou as ilhas de Madeira, Açores e Cabo Verde, no oceano Atlântico, onde foi realizado com sucesso, uma experiência de colonização, implantando o cultivo de cana-de-açúcar. 

Essa experiência serviria mais tarde de modelo para a ocupação das terras americanas. A expansão estendeu-se ao longo do litoral africano, onde os portugueses obtinham produtos como pimenta, ouro e marfim. 

Mesmo antes das Grandes Navegações europeias, o continente africano já era conhecido pelos europeus, principalmente a parte que hoje chamamos de "África Branca". Os primeiros contatos entre cristãos e negros ocorreram por intermédio dos muçulmanos, que realizavam trocas de mercancia entre os dois "povos"
Com as navegações, que têm Portugal como o seu pioneiro, a África Negra que até então mantinha contato com o resto do mundo por meio dos muçulmanos, tem seu isolamento rompido e passa a constituir uma importante praça de trocas, onde o principal produto exportado eram os escravos africanos. É importante lembrar que essas trocas que consistiam principalmente em ferro, pano, aguardente, cavalos e armas acabaram se tornando de extrema importância para o continente africano. 

Desde 1440, o comércio de escravos já era visto como bem lucrativo para os portugueses, sendo que em 1448 se estabelece em Arguin um "comércio regular" que consistia na troca de bens contra humanos. Em 1474, Portugal tem o monopólio sobre o tráfico de escravos.

Como podemos observar antes mesmo da descoberta do Novo Mundo a escravidão africana já era muito conhecida e utilizada na Europa, bem como já se encontrava vinculada à expectativa de se obter uma produção em larga escala de certas colheitas úteis.

 
ÁSIA
A descoberta de um caminho marítimo para a Ásia intensificou os contatos entre os europeus e alguns povos asiáticos. Ao conhecer essas sociedades, muitas vezes os europeus se surpreendiam. Em 1510, os portugueses conquistaram a cidade de Goa, na costa oeste da Índia, e aí instalaram uma feitoria (fortificação primitiva onde eram armazenadas e comercializadas mercadorias). “Estamos convencidos de que somos os homens mais astutos que se pode encontrar, e o povo aqui nos ultrapassa em tudo […] Fazem melhores contas de memória do que nós, e parece que nos são superiores em inúmeras coisas, exceto com a espada na mão, a que eles não conseguem resistir.” 

Essa declaração demonstra o sentimento de superioridade dos europeus sendo desfeito pela realidade que encontraram na Ásia do século XVI. Naquela época, as sociedades asiáticas dominavam muito mais conhecimentos e se organizavam de forma muito mais complexa do que os europeus imaginavam. 

Marco Polo (1254-1324). Nascido em Veneza, na Itália, de família de mercadores, escreveu um livro sobre a viagem que teria feito com o pai e o tio à China. 

Segundo o relato, os Polo ali chegaram por volta de 1274 e permaneceram na China por dezessete anos, onde descobriram, entre outras coisas o espaguete e a pólvora. De volta a Veneza em 1295, Marco foi capturado por genoveses e preso junto com um escritor que o ajudou a escrever o livro, que fez sucesso, mas que muitos consideraram uma história fictícia e não um relato verdadeiro. 


AMÉRICA 
Segundo algumas pesquisas de demografia histórica, viviam no continente americano uma população de aproximadamente 88 milhões de habitantes, divididas em mais de três mil nações indígenas por volta do final do século XV. Entre elas destacam-se na América do Norte (apaches, sioux e astecas), na América Central (maias e chibchas) e na América do Sul (incas, tupis e nuaruaques). 
Durante muito tempo, vários historiadores destacavam uma visão heroica dos feitos do conquistador, o que tornou corrente o uso da expressão descobrimento da América e do Brasil. Mas recentemente, os historiadores tem analisado a questão sob outros pontos de vista, ressaltando o impacto da presença dos europeus na destruição dos modos de vida e na dizimação (mortes) dos povos que viviam na América. Desta forma o termo mais correto a se utilizar é a invasão e conquista. 

Foram variadas as formas de violência usadas contra os povos nativos americanos. Teve a violência física já que as armas dos conquistadores europeus eram superiores às dos índios (nome dado aos nativos do continente). Essa superioridade deve-se ao uso de armas feitas de aço (espadas, lanças, punhais, escudos), ao uso de armas de fogo (mosquete, canhão) e ao cavalo, animal desconhecido pelos nativos. 

Outro elemento foram as doenças contagiosas trazidas pelos europeus como o sarampo, tifo, varíola, malária e gripe que não existiam no continente. Não havendo anticorpos para combatê-las, elas se espalharam rapidamente, provocando epidemias matando milhares deles. 

Houve ainda a violência cultural quando os europeus impuseram aos povos americanos costumes que afetaram profundamente a sobrevivência das suas comunidades. A obrigatoriedade do ensino religioso e da língua dos povos europeus aliada à remoção de populações inteiras para trabalhar como escravas nos aldeamentos completam esse canário terrível. 

Para os europeus esse contato foi muito positivo. Os grandes comerciantes e banqueiros europeus obtiveram lucros expressivos coma conquista e colonização do continente americano. Houve um aumento na oferta de ouro, prata e pedras preciosas, o deslocamento do eixo econômico da região do Mar Mediterrâneo para os portos do Oceano Atlântico e a descoberta de grande variedade de espécies vegetais como o milho, o tomate, o cacau e a batata e ainda animais até então desconhecidos.
Além disso, a exploração da América impulsionou vários setores da cultura europeia. Novos conhecimentos e técnicas precisaram ser desenvolvidos e aperfeiçoados para se viajar grandes distâncias marítimas. Houve ainda, um processo de difusão de conhecimentos adquiridos em contatos com povos indígenas que se mostraram benéficos para os europeus.


2º Bimestre 

Tema 01 - Sistemas Coloniais Europeus



Introdução

    Sistema colonial é o conjunto de relações de dominação e subordinação envolvendo metrópoles e colônias durante a época moderna. Relações mantidas entre áreas metropolitanas e áreas periféricas eram diretas e exclusivas. Originando-se da expansão marítima europeia, em meados do século XVI, o sistema comercial mercantilista, também conhecido como Sistema Colonial Tradicional, estendeu-se ate o século XVIII, quando entrou em crise. A denominação mercantilista vincula esse tipo de colonialismo a revolução comercial.


Áreas metropolitanas

    Era o centro do sistema colonial, as metrópoles que disputavam e estabeleciam áreas de influencia na América, na África e na Ásia. As metrópoles asseguravam de forma exclusiva o abastecimento das colônias fornecendo produtos manufaturados e a mão-de-obra escrava sempre com preços elevados. Por outro lado garantiam a apropriação de toda a produção colonial, sempre a preços baixos revendendo-a por preços mais altos no mercado europeu. Além disso, gravava o mundo colonial com tributos, que as vezes eram excessivos.


Áreas coloniais

Correspondia à periferia do sistema colonial. Porções de terra localizadas na América, África e Ásia, onde se localizavam as colônias e feitorias. As primeiras áreas colônias, no continente americano, operam na área de produção especializada de gêneros do mercado, já as feitorias, típicas da África e Ásia, operavam na área de trocas de mercadorias.

As colônias eram focadas na produção de especiarias para o abastecimento da metrópole, principalmente de produtos tropicais que não eram encontrados na Europa, da mesma forma na extração de metais preciosos.

Relações entre Metrópole e Colônia



Entres as duas áreas que formavam o Sistema Colonial existia um conjunto de regras e relações que fora chamado de Pacto Colonial. Dentre as exigências impostas pela metrópole sobre a colônia destacava-se o exclusivo e navegação coloniais, e o monopólio estatal de determinados produtos coloniais, no caso do Brasil, o pau brasil, sal, diamantes, etc.

O exclusivo ou monopólio do comércio colonial era seu elemento essencial portanto o definidor das relações metrópole- colônia.

Produção colonial

As colônias tinham a função de complementar e economia europeia, e para tal concentravam-se na produção em grande escala de alguns gêneros agrícolas, altamente lucrativos como o açúcar, algodão ou ainda de minérios. Isso tornava a produção colonial altamente especializada e voltada para os interesses da metrópole.

Na montagem de um sistema produtor na América, os recursos naturais como terra eram abundantes. Os capitais de um modo geram, eram escassos e a mão-de-obra era ate abundante em alguns países europeus. No entanto não havia capital para remunerá-la, a solução foi utilizar na colonização americana formas de trabalho compulsório como a servidão temporária, como a mita e encomienda.


Tema 03 - Revolução Inglesa

    

Revolução Inglesa



A revolução inglesa foi um conjunto de  guerras civis e mudanças de regime político que ocorreram na Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1640 e 1688. Estas revoluções marcaram a ascensão da burguesia e consolidaram a monarquia parlamentarista na Inglaterra.



Resumo

Ø  A Revolução Puritana e a Guerra Civil, de 1640 a 1649;

Ø  A República de Oliver Cromwell, de 1649 a 1658;

Ø  A Restauração da dinastia Stuart, com os reis Charles II e Jaime II, de 1660 a 1688;

Ø A Revolução Gloriosa, que encerrou o reinado de Jaime II e instituiu a Monarquia Parlamentarista.

Ø  Limitar o poder do rei através do Parlamento;

Ø  Garantir a liberdade religiosa para os anglicanos;

Ø  Impedir a restauração do catolicismo na Inglaterra.

A Revolução Inglesa pode ser dividida em quatro fases principais:

Como duas revoluções - Puritana e Gloriosa - aconteceram num curto espaço de tempo, esta fase também é chamada de "Revoluções Inglesas", no plural.

Estas tiveram como objetivos:

Revolução Puritana e Guerra Civil




Durante o reinado de Charles I houve uma disputa acirrada pelo poder entre o rei e o Parlamento.

O monarca julgava que somente o rei deveria dirigir a nação, dispensando a ajuda das câmaras parlamentárias. Devido a esta briga, o rei Charles I dissolveu o Parlamento três vezes em 4 anos de reinado.

No entanto, ele tinha o desejo de unificar as igrejas da Escócia e da Inglaterra, impondo aos escoceses o Book of Common Prayer (Livro de Oração Comum). A igreja da Escócia, contudo, se rebelou contra esta ordem e o rei decide entrar em guerra contra os opositores.

Para isso, ele precisava de dinheiro, e para obtê-lo, queria aumentar os impostos. Isto, no entanto, deveria ser aprovado pelo Parlamento.

Seguiu-se, então, uma disputa sobre quem deveria ter autorização para aumentar impostos. Deveria ser o rei, que governava segundo o Direito Divino? Ou o Parlamento que representava os setores da nação?

Após muitas ameaças, o monarca e o Parlamento organizam exércitos que se enfrentam em guerra civil e culminam na derrota do rei Charles I.

Durante a Guerra Civil surgem no Parlamento vários grupos políticos como os "levellers" (niveladores) que reuniam desde pequenos proprietários a pessoas que defendiam o fim da propriedade privada.

Os "levellers" são combatidos pelos conservadores donos de grandes propriedades de terra. Mais tarde seriam chamados de "diggers" (escavadores) e defenderiam o fim da propriedade privada.

O Parlamento ganha o conflito e Charles I é preso e condenado à morte. Esta sentença abriu espaço para a primeira e única experiência republicana inglesa.

Embora tenha sido o primeiro rei inglês a ser decapitado por seus compatriotas, Charles I tentou modernizar o país. Construiu estradas, aterrou pântanos, criou um serviço postal e instituiu um serviço de ajuda à busca de trabalho.

Igualmente foi patrono das artes e da arquitetura, tentando fazer de Londres uma grande capital e trazendo pintores como Peter Rubens para decorar seus palácios.

Revolução Gloriosa (1688)

A Revolução Gloriosa foi uma revolução sem sangue ou conflitos e que encerrou um período de revoluções na Inglaterra iniciado pela Revolução Puritana.

Para entendê-la, precisamos lembrar que religião e política estavam intimamente ligadas nesta época. A crença do indivíduo determinava a sua posição política e por isso era tão importante definir qual seria a religião do soberano e, assim, de todo o reino.

Por isso, a burguesia só via com bons olhos o fortalecimento da religião protestante, pois esta defendia a limitação do poder do monarca através do Parlamento.

Desta maneira, o católico Jaime II sempre foi visto com desconfiança. O Parlamento conspira para que o trono seja entregue a seu sobrinho Guilherme de Orange que havia se casado com sua filha e herdeira, a princesa Maria.

Sem apoios na Inglaterra, Jaime II foge para França. Por sua vez, Guilherme e Maria são recebidos como reis na Inglaterra. Em seguida é instituída a monarquia parlamentarista que limita consideravelmente o poder do soberano no governo.



Tema 04 - Iluminismo



Tema 05 - Independência dos Estados Unidos da América



Tema 06 - Revolução Francesa e Império Napoleônico




Tema 07 - Processo de Independência e Formação Territorial na América Latina



Tema 08 - A Revolução Industrial Inglesa





Tema 09 - A Luta por Direitos Sociais no Século XIX





Tema 10 - Socialismo, Comunismo e Anarquismo
 



3º Bimestre

Tema -01 

 Revolução Francesa e Império Napoleônico



Tema -02

Processo de Independências e Formação


Tema -03

Territorial na América Latina.

Tema -04
Revolução Industrial Inglesa e as Lutas por Direitos Sociais no Século XIX.

Artesanato, manufatura e maquino fatura




    O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu em fins da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente. O produtor possuía os meios de produção, instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.

    Tomando o sapateiro da Idade Média como exemplo, verificamos que era ele quem preparava o couro, que lhe pertencia, cortava-o com sua tesoura ou faca e costurava-o com linhas e agulhas próprias, até ter ponto o sapato (produto final), que ele venderia a algum interessado. 

    Já na Idade Moderna, buscando-se produzir crescentemente para o mercado, os trabalhadores urbanos foram muitas vezes reunidos num mesmo local de trabalho, cada um desempenhando uma atividade específica, utilizando principalmente as mãos para transformar a matéria-prima, fazendo surgir o que se denominou manufatura. 

Esse sistema de produção caracterizou-se basicamente pela divisão do trabalho e aumento da produtividade. Dessa forma, numa fábrica manufatureira de tecidos do século XVII, por exemplo, um trabalhador fiava, outro cortava até que a peça de pano ficasse pronta. 

    Finalmente, como o desenvolvimento da economia capitalista, a produção de artigos para o mercado passou a ser feita em série com máquinas, dando origem às maquinofaturas industriais. Os trabalhadores passaram a participar do processo produtivo apenas com a força de trabalho que aplicavam na produção, já que os meios de produção (instalações, máquinas, capitais, etc.) pertenciam à elite industrial, à classe burguesa. 

    O uso de máquinas em grande escala foi implantado na Inglaterra a partir de 1750, aproximadamente. Teve profunda influência sobre a economia mundial, ocasionando significativas mudanças sociais, políticas e culturais para o homem contemporâneo. A esse processo de alteração estrutural da economia, que marcou o início da Idade Contemporânea, chamamos de Revolução Industrial.

    A Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial devido ao acúmulo de riquezas (ouro) das atividades comerciais na época mercantilista, ao controle capitalista das propriedades rurais (cercamentos), às reservas de carvão mineral (combustível) ao crescimento populacional e a posição geográfica estratégica para vender os produtos na Europa e nos E.U.A. 

    Na primeira fase da Revolução Industrial, a Inglaterra liderou o processo de industrialização e a indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu. A grande oferta de matéria-prima (o algodão, cujo maior produtor era os Estados Unidos) e a abundância de mão de obra barateavam os custos da produção, gerando lucros elevados, os quais eram reaplicados no aperfeiçoamento tecnológico e produtivo. Assim, também o setor metalúrgico foi estimulado, bem como a pesquisa de novas fontes de energia. 

    Algumas invenções foram de fundamental importância para ativar o processo de mecanização industrial, entre as quais podemos destacar: 

•Máquina de fiar: James Hargreaves – 1767; 
•Tear hidráulico: Richard Arkwright – 1768; 
•Máquina a vapor: Thomas Newcomen (1698) aperfeiçoada por James Watt – 1769; 
•Tear mecânico: Edmond Cartwright – 1785; 
•Barco a vapor: Robert Fulton – 1805; 
•Locomotiva a vapor: George Stephenson – 1815. 

    As consequências da Revolução Industrial foram a urbanização e crescimento das cidades, a divisão do trabalho, a criação das linhas de montagem, a produção em série, a concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias, o desenvolvimento dos transportes e das comunicações com os novos inventos, o surgimento da classe dos proletários, a exploração do operário com jornadas diárias superiores a 14 horas, o nascimento de sindicatos e ideologias que defendiam o trabalhador, o êxodo rural, o crescimento desordenado das cidades, poluição do meio ambiente e a falta de lazer.


Movimentos sociais do século XIX


    O Congresso de Viena em 1815 propôs a restauração das monarquias absolutistas nos países europeus ocupados pelos exércitos de Napoleão no início do século XIX. Unidas novamente, a nobreza e o clero tentaram implantar novamente o absolutismo do Antigo Regime, extinto desde a Revolução Francesa de 1789 e permaneceram no poder pelas três primeiras décadas do século.

    Entre 1830 e 1848, a população europeia enfrentou uma série de fatores negativos como seguidas colheitas ruins, situação de miséria do operariado, falta de liberdade, direitos básicos fundamentais e repressão às camadas populares, que possibilitou uma aliança temporária entre o operariado e a pequena e média burguesia.

    Desse frágil entendimento provisório surgiram diversos movimentos revolucionários de contestação aos poderes e as forças conservadoras das monarquias absolutistas no poder em grande parte da Europa. Esses movimentos denominados nacionalistas, liberais, socialistas, comunistas e anarquistas, ocorreram em diversos países como na França, Itália, Áustria, Irlanda, Alemanha, Suíça e Hungria.

    Vejamos agora o que eram cada um dessas ideias ou movimentos:
•Liberalismo – Os princípios básicos do liberalismo são um governo democrático, onde os poderes do governante sejam limitados por uma constituição e separados em Executivo, Legislativo e Judiciário. O cidadão tem o direito à total liberdade, inclusive religiosa onde a igreja seria separada do Estado. Na economia, a intervenção do estado deveria ser a menor possível e as atividades econômicas dever ser da iniciativa privada;

•Nacionalismo – As principais ideias defendidas pelo nacionalismo eram o respeito à formação nacional dos povos com mesma origem étnica, linguística e cultural e o direito desses povos de lutarem por sua independência como nação e do direito deles de escolher seu sistema político, sua forma de governo em um território livre e unificado. Através dessas ideias nacionalistas, dois países europeus unificaram-se, a Itália em 1860 e a Alemanha em 1870;

•Socialismo – Os filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels formularam em 1846 uma teoria na qual a economia capitalista seria substituída por uma coletiva, numa sociedade supranacional sem classes chamada de socialismo. Para Marx e Engels, a burguesia que se enriquecia cada vez mais à custa dos trabalhadores (proletários), teria que ser suplantada pelo socialismo, acabando com a exploração dos operários através da ditadura do proletariado “Proletários de todo o mundo, uni-vos!” era o único caminho para a extinção das classes sociais. Os tipos de socialismo acabaram-se diferenciando em socialismo utópico, socialismo científico e socialismo cristão;

•Comunismo – É uma etapa superior ao socialismo sendo uma ideologia que prega a abolição da propriedade privada e o fim da luta de classes, além da construção de um regime político e econômico que possibilite o estabelecimento da igualdade e justiça social entre os homens;

•Anarquismo – Era outra corrente filosófica do movimento operário que defendia a abolição do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que dever ser substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou de instituições que representem o povo, como partidos políticos, centrais sindicais, que privava as pessoas da liberdade de decidir sobre sua própria vida. Para os anarquistas, a sociedade deveria ser organizada de modo que todas as pessoas pudessem participar diretamente das decisões políticas cujas relações seriam voltadas ao auto-abastecimento, sem fins lucrativos e à base de trocas. Seu principal defensor era o russo Bakunin;

•Positivismo – É uma corrente filosófica idealizada por Augusto Comte na França na primeira metade do século XIX que defende a ideia de que o conhecimento propiciado pela observação científica da realidade tornaria possível o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte, porém, abominava tanto a revolução quanto a democracia, vendo nelas apenas o caos e a anarquia. Para ele “a ordem era a base do progresso social”



Tema - 05

Socialismo, Comunismo e Anarquismo








4º Bimestre

Tema -2:  Guerra Fria.


Guerra Fria











          Após a Segunda Grande Guerra Mundial, alguns Estados Nações tornaram-se o centro político, econômico e militar mundial, em torno deles, outros países assumiram o papel de figurantes ou até mesmo de vítimas. 

     Um dos protagonistas foram os Estados Unidos do América. A União Soviética, a outra superpotência militar assumiu a condição de contraponto, exercendo também um papel de centro aglutinador de aliados fora da esfera de influência norte-americana.

Os Estados Unidos da América e a União Soviética terminaram a Segunda Grande Guerra Mundial como aliados. Sua atuação conjunta contra o Eixo foi decisiva para livrar a Europa do nazismo.
        Porém, ainda nem bem tinha terminado a guerra, as relações entre ambas já deteriorava. A tal ponto que em 1947, os especialistas começaram a falar em Guerra Fria, ou seja, um confronto indireto entre as superpotências. Os motivos mais claro do rompimento era ideológico. 
      Capitalismo e Socialismo, incompatíveis em sua forma de entender diversas formas ou esferas da vida humana, do papel do Estado aos direitos prioritários dos cidadãos.
        Em 1947, o presidente americano Harry Truman, com o objetivo de combater o comunismo e a influência soviética, juntamente com seu secretário de estado, George Marshall lançou o Plano Marshall, programa de investimentos e de recuperação econômica para os países europeus em crise após a  segunda  guerra.
      Durante o governo de Truman foi criada a CIA, bastante atuante nos anos da Guerra Fria, combatendo o comunismo e o considerava uma ameaça aos interesses dos Estados Unidos da América. 
         Por outro lado em resposta ao Plano Marshall, a União Soviética criou o Kominform, organismo encarregado de coordenar a ação dos partidos comunistas europeus. 
Completando a reação soviética em 1949 foi criado o Comecon, uma réplica do Plano Marshall para os países socialistas, voltado para sua integração econômica e financeira.
        A lógica bipolar seria a marca da guerra fria. Países como a (Alemanha, Coréia, Vietnã), sindicatos, agremiações, tratados internacionais, enfim, instituições em que houvesse uma disputa de poder relevante, dividiam-se em grupos antagônicos, um pró-americano outro pró soviético.

Contexto da Guerra Fria

Revolução Cubana em 1959


A Revolução Cubana foi um movimento de caráter popular, que derrubou o governo do presidente Fugêncio Batista, em janeiro de 1959.
      Com o processo revolucionário foi implantado em Cuba o sistema socialista, com o governo sendo liderado por Fidel Castro.
Causas da Revolução
        Antes de 1959, Cuba era um país que vivia sob forte influência dos Estados Unidos da América.
        As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram denominados por grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos da América também influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre o presidentes pró - Estados Unidos da América.
     Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo com grande dependência dos estadunidense. Era um país com grandes desigualdades sociais, por grande parte da população vivia na pobreza. Todo este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da sociedade cubana, que era a maioria. 

Organização da Revolução

       Fidel Castro era o grande opositor do governo Fulgêncio Batista. De princípio socialistas, planejava derrubar o governo e acabar com a corrupção e com a influência norte-americana na ilha. Conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros, enquanto estava exilado no México.
     Em 1957, Fidel Castro e um grupo de cerca de 80 homens combatentes instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra.Os combatentes com as forças do governo foram intensos e muitos guerrilheiros morreram ou foram presos.
         Mesmo assim, Fidel Castro e Ernesto Chê Guevara não desistiram e mesmo com um grupo pequeno continuaram a luta.
      Transmissões de rádio para divulgar as ideias revolucionárias e conseguir o apoio da população cubana. Com mensagens os revolucionários conseguiram o apoio de muitas pessoas, pois havia muitos camponeses e operários insatisfeitos com o governo de Batista e com as péssimas condições sociais (salários baixos, desempregos, falta de terras, analfabetismo, doenças)
        Muitos cubanos das cidades começaram a entrar na guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em várias cidades.

A Tomada do Poder e a Implantação do Socialismo

        No primeiro dia de 1959, Fidel Castro e os revolucionários tomaram o poder em Cuba. O governo de Fidel Castro tomou várias medidas, por exemplo: nacionalização dos bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistema de educação e de saúde. 
        Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando assim o apoio da União Soviética (URSS), dentro do contexto da guerra fria. 

Dados atuais de Cuba















LocalizaçãoAmérica Central 
Capital: Havana
População: 11 milhões de habitantes
Economia: cana de açúcar, tabaco, arroz, banana, laranja e abacaxi.  Pecuária: bovinos, suínos, equinos e aves. Indústria - pouco diversificada - alimentos, bebidas, charutos, máquinas e produtos químicos.
Atividade em desenvolvimento: turismo.




GUERRA DA CORÉIA

Introdução

            GUERRA DA CORÉIA – 1950-1953 Com a rendição do Japão, em 1945, tropas soviéticas ocupam o norte da península coreana e forças norte-americanas se estabelecem no sul, com a divisa na altura dos 38 graus de latitude Norte. A ideia dos aliados é criar um governo único de caráter liberal para uma Coréia independente. As tropas soviéticas deixam o norte em setembro de 1948. No mesmo mês, Kim Il-Sung, veterano líder de uma guerrilha comunista que combatera os japoneses, proclama no norte a República Popular Democrática da Coréia. Em agosto do ano seguinte é estabelecida no sul a República da Coréia, sob a liderança de nacionalistas de extrema direita. Os dois lados reivindicam soberania sobre toda a península e o norte ataca o sul em junho de 1950. O Conselho de Segurança da ONU recomenda aos países-membros que ajudem o sul e é formada uma força de 15 países, sob comando do general norte-americano Douglas Mac Arthur. Em outubro de 1950 a ofensiva liderada pelos EUA chega à fronteira entre o norte da Coréia e a China. Os chineses entram no conflito e um ano depois a situação se estabiliza, aproximadamente na linha anterior ao conflito. A morte de Stalin provoca um relativo relaxamento da tensão e um armistício é assinado na aldeia fronteiriça de Panmunjom em 27 de julho de 1953.

Tema -3:  Contextualização e Consequências da guerra fria para o Brasil.


O Brasil na Guerra fria

         O Brasil na Guerra Fria, mas precisamente no início dela, era governado por João Goulart, nesse período ele buscou uma aproximação com a União Soviética.
            Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), iniciou-se a Guerra Fria, uma disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foi uma intensa guerra ideológica, econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência, que estabeleceu a divisão do mundo em dois blocos, com sistemas econômicos, políticos e ideológicos divergentes: o chamado bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco comunista, liderado pela União Soviética. Essa disputa influenciou diretamente nas políticas de vários países, inclusive do Brasil.

            Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil integrou o bloco capitalista, no entanto, a partir de 1961 o presidente João Goulart (Jango) desenvolveu uma política externa independente do apoio das superpotências da Guerra Fria. Jango fortaleceu os movimentos sindicais, estudantis, camponeses e populares. Além desses fatos, o então presidente promoveu uma aproximação política entre o Brasil e a União Soviética, o que desencadeou atritos com as lideranças políticas, econômicas e militares do Brasil.

Estados Unidos da América no século XIX

- Expansão do oeste e guerra civil.


Segundo Reinado no Brasil

Abolição da escravatura e a imigração europeia para o Brasil.

O imaginário Republicano.


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Antonio