segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

PLANEJAMENTO DE AULAS PARA OS 7º ANOS

PLANEJAMENTO DE AULAS PARA OS 7º ANOS DO 1º AO 4º BIMESTRE

1º Bimestre

Tema 1 - Feudalismo


Feudalismo na Idade Média - relações sociais, econômicas, políticas e religiosas 

Introdução 
        O feudalismo tem início com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.

Estrutura Política do Feudalismo
       Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O Suserano era que dava lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao Suserano. O vassalo oferece ao senhor feudal ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de proteção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Obs. Todos os poderes, jurídicos, econômicos e políticos concentravam-se nas mãos dos Senhores Feudais, os donos de lotes de terras - chamados de feudos. 

Sociedade Feudal
        A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (Senhores Feudais, Cavaleiros, Condes, Duques, Viscondes) era detentor de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O Clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo.
        A terceira camada social era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: Corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do Senhor Feudal) - Talha (metade da produção) - Banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e do forno do senhor feudal).

Economia Feudal 
        A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas da Idade Média, porém era pouco utilizadas. as trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica do período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média.
        A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola era extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião
        Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e a forma de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam nos mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

As Guerras
          A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. 
        Os cavaleiros formavam a base do exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período Medieval. A residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção. 

Educação, Artes e Cultura
         A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerra, grande parte da população Medieval era analfabeta e não tinha acesso dos livros.
         A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Fim do Feudalismo 
        O feudalismo não terminou-se de uma hora para outra, ou seja, de forma repentina. Ele foi dos poucos se enfraquecendo e sendo substituído pelo sistema capitalista. Podemos dizer que o feudalismo começou a entrar em crise, em algumas regiões da Europa, já no século XII, com várias mudanças sociais, políticas e econômicas. O Renascimento Comercial, por exemplo, teve um grande papel na transição do feudalismo para o capitalismo.
         Na Europa, durante a Idade Média (século V - XV) o feudo era um terreno ou uma propriedade, que o Senhor Feudal (nobre) concedia a outro nobre (vassalo). Em retribuição, o vassalo deveria prestar serviços ao senhor feudal, pagar impostos e oferecer lealdade e segurança.

Feudo Medieval 
        Constituído pelas seguintes instalações:  castelo fortificado (residência do nobre e sua família), vila camponesa (residência dos servos), área de plantio, Igreja ou  Capela, moinho, estábulo,celeiro, etc. 
        Muitas batalhas eram travadas pelas disputas de feudos. Os senhores feudais de tinham muito poder político e econômico. Eram os proprietários dos feudos, possuíam muitos servos trabalhando para eles e cobravam vários impostos e taxas desses servos. Os Senhores Feudais faziam e aplicavam as leis em seus domínios.



Tema 2 -  As Cruzadas e os contatos entre as sociedades europeias e orientais

As Cruzadas

        Jerusalém era considerada a Terra Santa tanto por cristãos quanto por judeus e muçulmanos . Com a expansão Islâmica Palestina tinha sido tomadas pelos árabes, despertando entre alguns cristãos o desejo de retomar o território Sagrado, considerado como centro do mundo nos mapas da época, das mãos dos infiéis.
        Em 1095, o Papa Urbano II conclamou a Cristandade a retomar a Terra Santa. Este movimento ficou conhecido como Cruzada, porque os que engajavam no movimento levavam o símbolo da cruz em sua roupa.
        Além da motivação religiosa importantíssima, as cruzadas foram animadas por outros interesses: aliviar as tensões dentro da Europa, pois as terras começaram a escassear; canalizar a violência dos nobres contra "alvos legítimos", no caso, os "infiéis" impedindo que as guerras proliferassem dentro da Europa Cristã; liberar contingentes populacionais (nobres e camponeses) para o Oriente onde iriam se fundar novos reinos aliviando a pressão demográfica dentro da Europa, era a oportunidade para os cavaleiros conseguirem fama e fortuna, talvez até um feudo; os comerciantes italianos viam as cruzadas como uma grande possibilidade de ganhos comerciais.
Houve Cruzadas fora e dentro da Europa. As da Terra Santa são as mais conhecidas, mas a Reconquista da Península Ibérica e algumas campanhas contra hereges, como os cátaros , também tinha status de Cruzadas. Quem participasse das cruzadas recebia remissão de seus pecados.
Houve oito cruzadas "oficiais" e outras não receberam o treconhecimento da Igreja ou da Nobreza.
A primeira destas cruzadas "extra-oficiais" foi a Cruzada de Pedro, o Eremita que, atendendo o chamado do Papa, partiu a frente de 5 mil camponeses, andarilhos e mendigos decidiram reconquistar Jerusalém. Atingiu Constantinopla em 1096, foram aconselhados pelos bizantinos a retornarem, mas como não tinham essa intenção, e estavam causando desordens na cidade, os bizantinos os transportaram até a Ásia Menor, onde foram massacrados pelos turcos. 
A outra dessas Cruzadas não oficiais foi a "Cruzada das Crianças" em 1212 que teve um ramo francês e outro alemão. As crianças francesas se dirigiam a Paris onde sem apoio do rei acabaram recebendo a oferta de alguns navios para irem "libertar Jerusalém". Enganados por cristãos foram vendidas em mercados de escravos muçulmanos do Egito. Em sua homenagem mandou-se erguer a Igreja dos Inocentes. Os cruzados alemães foram em direção a Roma, mas a nobreza e a Igreja, temendo revoltas, insuflou a população contra as crianças, que de libertadores passaram a ser tratadas como bandidas. A maioria morreu ou foram vendidas para os prostíbulos. 

Cruzadas Oficiais

Primeira Cruzada (1095-1096) - composta por grandes senhores, partiu sob os auspícios de Urbano II. Tomou dos muçulmanos uma parte da Ásia Menor e Jerusalém onde fundaram reinos cristãos sob modelo feudal. Fundam-se nesse momento as Ordens dos Templários e Hospitalários.
Segunda Cruzada (1147-1149) - consagrou vários príncipes europeus, entre eles o Imperador Conrado II e o rei Luís VII da França. Marcada pelos desentendimentos, terminou fracassando. 
Terceira Cruzada (1189-1192) - uma das mais conhecidas, reuniu o Imperador Frederico, Barba Ruiva que morreu afogado, o Felipe Augusto da França e o rei Ricardo Coração de Leão.
Do outro lado dos muçulmanos  eram comandados por Saladino. O conflito entre os gênios militares ( Saladino de um lado e Frederico e Ricardo do outro) deu aura romântica a esta Cruzada de batalhas sangrentas, negociações diplomáticas e traições. 
Não conquistaram a Terra Santa, mas conseguiram para os cristãos o direito a peregrinação.
Quarta Cruzada (1202-1204) - a Cruzada convocada pelo Papa Inocêncio III, marcada por interesses comerciais dos venezianos associados à nobreza, abandonou o objetivo de conquistar a Terra Santa e atacou Constantinopla, fundou-se ai o Império Latino de Constantinopla. 
Quinta Cruzada (1217-1221) - um fiasco, não passou do Egito. Foi dessa expedição que participou Francisco de Assis.
Sexta Cruzada (1228 - 1229) - Liderada pelo Imperador Frederico II, ao invés de guerrear com os árabes, negociou a liberação de Jerusalém e outros lugares sagrados cristãos para peregrinação. Hábil negociador, o imperador que foi excomungado pelo Papa, conseguiu ser coroado rei de Jerusalém no Santo Sepulcro. Em 1244, os turcos desfizeram o tratado.
Sétima Cruzada (1248 - 1250) - Luís IX, rei da França, tenta conquistar o Egito. Toma Damieta em 1249, mas seu exército é dizimado pelo tifo e o rei e feito prisioneiro. Depois de libertado retorna ao seu país.
Oitava Cruzada (1270) - Nova tentativa de Luís IX que, acaba morrendo de tifo na Tunísia. Por causa de sua piedade e martírio Luís IX foi canonizado. 


Considerações Finais


         As cruzadas não conseguiram reconquistar a Terra Santa, mas trouxeram muitas mudanças para a Europa.
Dinamizaram o comércio, permitiram um maior intercâmbio como Oriente Médio de onde vieram novos produtos agrícolas (cana de açucar, arroz, técnicas de cultivo e de produção de tecidos. Os maiores beneficiados com a dinamização do comércio no Mediterrâneo foram sem duvida os italianos de Gênova e Veneza. 
Enfraqueceu o feudalismo. Os fracassos militares, o endividamento e a morte de muitos nobres permitiu o avanço do poder real e o enfraquecimento  dos laços de servidão. 
A intensificação do intercâmbio cultural com o Oriente  (Islã e Bizâncio), além de trazer novas e velhas idéias para a Europa, auxilio no "refinamento" da sociedade europeia.
Houve a fundação de várias ordens militares, algumas delas, como a dos "Cavaleiros de Teutônico", existem ainda hoje e teve uma grande atuação no Leste Europeu, seja na evangelização, seja na expansão dos interesses comerciais da Liga Hanseática.
A agressão dos cristãos acirrou a rivalidade com os muçulmanos que, por sua vez, começaram a diminuir a sua tolerância em relação aos cristãos. 


Tema 3 - Renascimento Comercial e Urbano


        Fatores que contribuíram para o Renascimento Comercial e Urbano
       
Esgotaram as terras; como esgotamento de terras férteis, muitos camponeses se viram sem alternativas de trabalho e emprego. Por isso o comércio foi a opção achada por eles para a entrada nas atividades comerciais. 
As cruzadas: ajudou a expandir as atividades comerciais, pelo menos por três motivos: os cruzados não eram os únicos a irem as expedições cruzadistas, os viajantes mercadores iam juntos, e assim serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos. 
Contato com o Oriente: esse contato fez nascer o gosto pelos artigos luxuosos nos ocidentais, o qual fez ampliar largamente o consumo destes artigo na Europa. 
O enriquecimento dos nobres: estes iam para as cruzadas, aumentando a riqueza em circulação.


As feiras Comerciais 
        Esse movimento de mercadorias, fez aumentar o consumo de produtos entre a população, criando assim em local permanente de venda e compra de produtos.
        As feiras, nestes locais e a circulação de dinheiros era muito forte, as principais feiras se localizavam-se em Champagne, na França e em Bruges, na região dos Flandres, na atual Bélgica. 

Champagne 



        Era o ponto de encontro dos comerciantes dos Mar Mediterrâneo e do Báltico e do Mar do Norte, vinha comerciantes negociar seus produtos. As maiores feiras se encontravam nessa região. Nas cidades de Laguy, Provins e Trojes. Os proprietários de terras dessa região garantiam a participação segura de mercadores originários de qualquer lugar.

Flandres
     Quando um cai outro levanta! quando Champagne começou a cair, Flandres tomou a frente nos negócios. Passou a ser o principal núcleo comercial do Mar Norte e do Mar Báltico. Sendo a região mais destacada comercialmente. As principais cidades de comércio foram Bruges e Antuérpia.

Defensores dos Comerciantes
        As ligas ou Hansas - estas defendiam os interesses dos comerciantes de várias cidades. As primeiras foram formadas no século XII e cuidavam do comércio em larga escala (o que hoje pode ser o comércio por atacado) 
        Com o aumento do comércio houve um aumento das atividades financeiras. Com isso, troca de dinheiro, financiamentos e empréstimos. Nesse comércio o produto é o próprio dinheiro (banqueiro) eram importantes nas feiras. Pois nelas, não havia padronização de moedas. Logo esses comerciantes pesavam, avaliavam e trocavam os mais variados tipos de moedas. 


Renascimento Urbano (ou das cidades)


As cidades assumiram papeis diversificados durante o passar dos tempos. Na época dos feudalismo, as cidades serviam apenas como centro religiosos e militares, além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.
Na época do feudalismo, o Senhor Feudal tinha controle tanto do campo como da cidade. Tudo era muito confuso entre cidade e campo era quase uma coisa só. As cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado de burgo. 
Mas, com o aumento da população esses burgos rompem com as muralhas. Então esses moradores dos burgos passaram a ser os comerciantes, artesãos, chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes homens eram livres de laços com o Senhor Feudal. 

Comunas 
As cidades começaram a crescer e os burgueses aparecer, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganhos, prestígio econômico e poder, os burgueses começaram a se mexer a procura de autonomia em relação ao feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamando de movimento comunal. 
Esse movimento serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades, poderia se dá de duas maneiras, por via de negociação com o senhor feudal ou pelas armas, através de combate. 
Quando ocorria pelo combate havia união de reis e burgueses, onde as tropas serviam de instrumentos de intimidação para os nobres aceitarem a liberdade dos burgos. 
As cidades independentes começaram a planejar uma forma de governo, com direito a prefeitos e magistrados que se encarregava de administrar e defender tanto as cidades, como seus interesses, os burgueses de mais riquezas e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, criavam tributos, controlavam impostos para fazer  e manter a construção de obras e claro tinha uma política própria.
Com esses atrativos, as cidades passaram a ser um chamariz para os servos do campo se mudarem para as cidades. Elas passaram a ser encaradas como locais de segurança e liberdade  para os que  quisessem sair do poder do senhor feudal. 
Embora se comprove que muitos dos camponeses que mudavam do campo para a cidade levavam uma vida difícil, visto que eram considerados trabalhadores desqualificados e ainda mal remunerados. 


As Corporações

Assim como o comércio crescia, o artesanato também, com toda essa produção as cidades estavam cheias de comerciantes e de artesões. Logo para defender seus direitos trabalhistas, essas duas categorias começaram a se organizar em corporações. 
Corporação de mercadores ou guildas - esta representava os comerciantes, tinha por objetivo garantir o monopólio do comércio e controlar os preços das mercadorias. Poderia ser local ou regional. 
Corporação de ofício - esta representava os artesões. Sua função  era controlar a produção juntamente com a qualidade dos produtos comercializados nas cidades e garantir o monopólio das atividades profissionais. Elas também tinham função de  "assistente social". Porque havia a união dos produtores para auxiliar os companheiros que não pudessem trabalhar. 


Hierarquia na Produção Artesanal 

No topo da escala estava o mestre  artesão ou mestre de ofício. Este era o proprietário de tudo, ferramentas, matéria-prima e o produto final. Ele tinha o conhecimento de todo o processo da produção, controlava os trabalhadores e estabelecia os salários, nos dias de hoje, seria um gerente de fabrica.
Depois dele estavam os oficiais ou companheiros, ou seja, os trabalhadores controlados por salário. Logo depois vinha os aprendizes, que estavam na base da escala. Este era subordinado ao mestre e estavam trabalhando para aprender o oficio. Por isso não eram pagos por seu trabalho e sofriam muito abuso. 

Tema  4 - Renascimento Cultural e Científico

Renascimento Cultural e Científico 

Introdução
Durante os séculos XV e XVI intensificou-se na Europa, a produção artística e científica.  Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascência .
Contexto histórico - as conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de esculturas, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc. 
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época.  Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha como objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde se atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu. Neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artísticas. Cidades como; por exemplo: Veneza, Florença e Gênova, tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento ou Renascença. 

Principais Características 

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais. 
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico. 
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (Teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo).
- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passaram a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.


Os Principais Representantes do Renascimento Italiano e suas Principais Obras



- Giotto di Bondone -  foi um importante pintor e arquiteto italiano do período do Renascimento Cultural. Nasceu em 1266 na cidade de Colle Vespignano (região da Toscana) e faleceu na mesma cidade em 1337. 

Principais obras de Giotto:


-Afrescos da Capela Degli Strovegni
- Vida de São Francisco
- A Santa Cruz de Florença
- Vida de São João Batista
- O beijo de Judas
- A Lamentação
- Julgamento Final
- Vida de São João Evangelista
- Mosaico da antiga Basílica de São Pedro
- A madona de Ognissanti
- Crucifixo de Santa Maria Novella

Guido di Pietro Trosini
Quem foi
Fra Angelico foi um importante pintor italiano do final do período Gótico e início do Renascimento. É considerado por muitos estudiosos da história das Artes, como sendo um dos percursores da pintura renascentista. Uso a arte como fonte de pregação do Evangelho.
Nascimento
Fra Angélico nasceu na cidade de Guido di Pietro (Itália) em 1395. 
Morte
Fra Angélico morreu aos 60 anos na cidade de Roma (Itália) em 1455.

Principais obras
- São Jerônimo penitente - 1420
- Adoração dos magos - 
1424
- A Anunciação - 
1426
- Madona e Criança - 
1427
- Natividade - 
1428
- Oração no Jardim - 
1428
- Julgamento - 
1431
A coroação da virgem - 
1432
- O retábulo de Cortona - 
1434

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564) - destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras principais: Davi, Pietá, Moises, pintura da Capela Sistina (juízo Final é a mais conhecida).

Renascimento Científico

         Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária heliocentrismo (teoria que defendia que o sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas. 
        Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste, Este cientista também defendeu a ideia que a terra girava em torno do sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. 
          Galileu Galilei teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira. 
         A invenção da imprensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutemberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o documento da circulação de conhecimento e ideias no Renascimento.


O Renascimento em Outras Regiões da Europa


Holanda - Erasmo de Roterdã - foi um dos principais representante da filosofia e literatura renascentista nos países baixos: Haia, Holanda, Bélgica, Antuérpia. Humanista e ferveroso crítico social, sua principal obra foi: Elogio da Loucura.

Espanha - no campo da literatura podemos destacar o escritor Miguel de Cervantes, autor da conhecida obra Dom Quixote de la Mandra. 

França -  no campo da literatura renascentista francesa, podemos destacar o escritor e padre Francois Rabelais, autor da série de romances  Gargantua e Pantagruel. 

Inglaterra - William Shakespeare - foi o grande destaque da literatura inglesa renascentista. Considerado também um dos maiores escritores de todos os tempos, é autor de muitas obras famosas como, por exemplo: Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O Rei Lear e Macbeth. 

Biografia de Galileu Galilei


       Galileu Galilei (1564-1642) foi um matemático, físico, astrônomo e filósofo italiano. Fundamentou cientificamente a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, inventou a luneta telescópica, idealizou o primeiro relógio e enunciou as leis que regem o movimento pendular. Desmitificou lendas, estabeleceu princípios e causou uma renovação na história da Ciência.
         Galileu Galilei, nasceu em Pisa, Itália, no dia 15 de fevereiro de 1564. Era filho de Vincenzio Galilei, um comerciante de lã e de Giulia Amnannati. Ainda criança, Galileu revelou capacidades raras. Tocava órgão e cítara. Interessado em arte, realizou excelentes pinturas. Possuía grande habilidade manual para fazer brinquedos. Em 1574 a família foi morar em Florença.  Estimulado pelo pai, entrou na Universidade de Pisa no Mosteiro de Camaldolese, a fim de estudar Medicina.
Aos vinte anos, já na Universidade, fez sua primeira descoberta científica. Observando a oscilação do candelabro que pendia do teto da catedral de Pisa, Mediu o tempo de duração das oscilações, usando como "relógio", as batidas de seu pulso e notou que as oscilações eram regulares. Depois de realizar algumas experiências, concluiu que o pêndulo de determinado comprimento leva o mesmo tempo para fazer o mesmo número de oscilações, independente da amplitude da oscilação.
         Procurando dar aplicação prática para sua descoberta, sugeriu que se medisse por meio do pêndulo a frequência do pulso dos doentes. Embora tenha desenhado um relógio de pêndulo, ele não chegou a ser construído. Em 1585, estando sem dinheiro, não pode mais continuar como estudante na universidade. Continuou estudando por si mesmo e passou a se dedicar à matemática e valeu-se dela para entrar no mundo da física e da astronomia. Nessa época já criticava as leis do movimento enunciadas por Aristóteles.
        Em 1589, convidado pelo grão-duque da Toscana passa a lecionar Matemática na Universidade de Pisa, apesar de ser muito jovem e não ter um título universitário.Três anos depois, assume a cátedra na Universidade de Pádua, onde fica até 1609. É o primeiro astrônomo a construir uma luneta para observar os corpos celestes. Volta à Universidade de Pisa em 1610. Depois de vários estudos demonstra publicamente que "dois corpos de pesos diferentes, caindo a um só tempo de alturas iguais, tocarão o solo no mesmo instante".
      Galileu Galilei registra a presença de mares, crateras e montanhas na Lua. Publica "História das Manchas e Acidentes do Sol" em 1613. Descobre os quatro satélites de Júpiter – prova de que alguns astros são capazes de orbitar em torno de outros. Observa que Vênus tem as mesmas fases da Lua e conclui que o planeta, como a Terra, também orbita ao redor do Sol. Em 1614 foi acusado de heresia e em 1616 foi proibido de ensinar e defender sua teoria.
        Quando Galileu resolvia estudar um assunto, queria verdades completas e vivia em conflito com o poder religioso, que controlava a ciência da época. A igreja julgava e condenava como heresia qualquer ideia contraria ao que a ciência afirmava. Em 1632, defendeu o sistema heliocêntrico na obra "Diálogo" sobre os Dois Máximos Sistemas do Mundo: o Ptolemaico e o Copérnico. Em 1633, foi condenado, pela inquisição, a prisão domiciliar permanente em sua casa de campo em Arcetri, no sul de Florença, Itália. Foi obrigado a renegar suas descobertas.

        Galileu Galilei morreu cego em sua casa em Arcetri, no dia 8 de janeiro de 1642. Em 1922 a igreja reconheceu o erro cometido.



Biografia de Isaac Newton

          Isaac Newton (1643-1727) foi um cientista inglês. Descobriu a "Lei da Gravitação Universal". É considerado um dos maiores estudiosos da história da humanidade. Publicou diversos trabalhos sobre mecânica, astronomia, física, química, matemática e alquimia. Há também escritos seus sobre teologia.  Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, no dia 4 de janeiro de 1643. Nasceu prematuro e logo ficou órfão de pai. Com dois anos foi morar com sua avó. Desde cedo manifestava interesse por atividades manuais. Ainda criança, fez um moinho de vento, que funcionava, e um quadrante solar de pedra, que se acha hoje na Sociedade Real de Londres.
         Com 18 anos foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Passou quatro anos em Cambridge e recebeu seu grau de Bacharel em Artes, em 1665. Tornou-se amigo do Professor Isaac Barrow, que o estimulou a desenvolver suas aptidões matemáticas. Durante dezoito meses a universidade ficou fechada, em consequência de uma epidemia de peste bubônica, que assolou a Inglaterra e matou um décimo da população.
         Isaac Newton teve que voltar para a casa, e nesse período, fez as descobertas mais importantes para a ciência: desenvolveu as leis básicas do movimento, estudou os corpos celestes, descobriu a lei fundamental da gravidade, inventou os métodos de cálculo diferencial e integral, e estabeleceu os alicerces de suas grandes descobertas ópticas. Em 1667, voltou para a universidade e tornou-se professor de Matemática, sucedendo o professor Isaac Barrow.
        Isaac Newton Passou o resto de sua vida científica ampliando suas descobertas. Dedicou-se à pesquisa dos raios luminosos. Chegou à conclusão que a luz é o resultado do veloz movimento de uma infinidade de minúsculas partículas emitidas por um corpo luminoso. Ao mesmo tempo descobriu que a luz branca resulta da mistura das sete cores básicas. Inventou um novo sistema matemático de cálculo infinitesimal, aperfeiçoou a fabricação de espelhos e lentes, fabricou o primeiro telescópio refletor, descobriu as leis que regem os fenômenos das marés, numa época que as atividades econômicas dependiam da navegação marítima.
Em 1684, o famoso astrônomo Edmund Halley visitou Newton a fim de debater as teorias de Kepler, sobre os movimentos planetários. Halley comprovou que Newton elaborara detalhadamente uma das mais fundamentais de todas as leis, a "Lei de Gravitação Universal”: “Dois corpos se atraem com força proporcional às suas massas e a sua proximidade”. Não é só a Terra que puxa para seu centro a maçã da árvore, mas também a maçã puxa a terra. Essa lei aplica-se a todos os planetas.
        Isaac Newton estabeleceu três “leis do movimento”, ou “Leis de Newton”. A primeira lei diz que “um corpo em repouso permanece em repouso se não é forçado a mudar, um corpo que se move continuará a mover-se com a mesma velocidade e no mesmo sentido, se não for forçado a mudar”. A segunda lei “mostra que a quantidade de força pode ser medida por uma proporção de mudança observada no movimento”. Essa proporção é o que se chama de aceleração e refere-se à rapidez do aumento ou da diminuição da velocidade. A terceira lei diz que “toda ação causa uma reação, e que a ação e a reação são iguais e opostas”.
         Isaac Newton fez previsões para o fim do mundo baseadas nas escrituras bíblicas, especialmente, no livro de Daniel, e que o acontecimento seria no ano de 2060, do calendário gregoriano. Em 1699 a rainha Ana nomeou-o diretor da Casa da Moeda. Em 1703 foi eleito presidente da Sociedade Real, que congregava os mais célebres pensadores da época, tornando-se vitalício. Foi sócio correspondente da Academia Francesa de Ciências. Em 1705, a rainha lhe concede o título de "Sir". Foi o primeiro cientista a receber tal honraria.
         Isaac Newton faleceu em Londres, no dia 20 de março de 1727. Seu funeral foi grandioso. Seis nobres membros do Parlamento inglês carregaram seu ataúde, até a Abadia de Westminster, onde repousa até hoje seus restos mortais. Em sua homenagem foi erguida em Cambridge, uma estátua com os dizeres: "Ultrapassou os humanos pelo poder de seu pensamento".

2º Bimestre


Tema 1 -  Formação das Monarquias Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra e França)

       O processo de formação das monarquias europeias remonta uma série de mudanças que iniciaram durante a Baixa Idade Média. De fato, o processo de consolidação das monarquias foi um dos mais evidentes sinais das transformações que assinalaram a crise do sistema feudal e a construção do sistema capitalista, legitimado pela nascente classe burguesa. 
       A constituição das monarquias pode ser compreendida enquanto um processo que conseguiu atender simultaneamente os interesses dos nobres e burgueses.
       Por um lado, a formação das monarquias conseguiu conter as diversas revoltas camponesas que marcavam os finais da Idade Média com a reafirmação da propriedade feudal. Os senhores feudais com seu poder local, foi suprimido em favor da autoridade real.
       No entanto, os nobres ainda preservaram alguns importantes privilégios, principalmente no que se refere a isenção de impostos. Somente os burgueses e a classe campesina estavam sujeitas as cobranças de impostos e taxas. 
       Grande parte da arrecadação de impostos eram destinados a organização dos exércitos responsáveis pela contensão dos conflitos internos e a defesa dos interesses políticos da nação contra os demais estados estrangeiros.
       Essa Europa moderna foi marcada por intensos conflitos, aonde o controle por territórios instalou sucessivos episódios de guerra.
       No campo econômico as atividades comerciais tinham papel fundamental no enriquecimento e consolidação da autoridade real.
       Por isso, diversos reis ficaram preocupados em adotar  medidas que protegessem a economia contra a entrada de produtos estrangeiros e conquistar áreas de exploração colonial, principalmente, no continente americano. Desta forma, podemos ver que o Estado Absolutista teve grande papel no desenvolvimento da economia mercantil.
       O rei sendo a expressão máxima desse tipo de governo, contou com auxílio dos grupos sociais burgueses e nobiliárquicos(nobreza).  Tendo a Europa preservado uma forte religiosidade, foi de fundamental importância que a Igreja reafirmasse a consolidação dessa nova autoridade por meio de justificativas ligadas à vigente fé cristã. O rei era muitas vezes representado e idealizado como um represente dos anseios divinos para com a Nação.
       Sendo esse processo histórico que permeou em toda Europa Ocidental. A ascensão das autoridades monárquicas foi claramente observada entre os séculos xv e xvi. Entre os principais representantes dessa nova experiência política, podemos destacar a formação das monarquias em: Portugal - Espanha - Inglaterra e França. 
       O auge desse tipo de governo foi vivido entre os séculos xvi a xviii, mas foi desestabilizado pelas críticas e revoluções liberais iniciadas no século seguinte.

Pesquisar o significado ou conceito das seguintes palavras e copiar para o caderno: 
1- Capitalismo 
2- Isenção 
3- Absolutismo
4- Idade Moderna
5- Mercantilismo 



Tema 02 -   Absolutismo 
       O absolutismo remeteu a um determinado tipo de regime político que, em geral, predominou na Europa entre os séculos xvi e xviii, (16 a 18). Sua consolidação coincidiu com o fim do período medieval ou Idade Média e o início da modernidade. Sendo, assim, expressão política de um novo modelo de Estado que surgia naquele momento de transição. O Estado absolutista. A esse novo tipo de Estado correspondeu também uma forma inovadora de monarquia: a monarquia absolutista.

Poder Absoluto do Rei
          Afirmar que um dado regime era absolutista e o mesmo que dizer se tratava de uma monarquia em que o rei detinha poderes ilimitados, absoluto.
           Desde a Roma Antiga já existiam governantes com poderes absoluto. São conhecidas as duas assertivas quanto a relação entre a lei e o príncipe: o príncipe está isenta da lei e o que apraz ao príncipe vigora como a lei.
            Essa tradição chegou ao período medieval, quando sofreu uma inflexão que permitiu a emergência ao absolutismo. Aos poucos foi se consolidando uma versão pela superioridade do governante, associando-se ao poder divino, e, assim, diminuindo quaisquer outros contra poderes que limitassem seus desejos.


Características e Principais Teóricos 

Thomas Hobbes

             Primeiro filósofo moderno a articular uma teoria detalhada do contrato social, com sua obra Leviatã, escrita em 1651, Thomas Hobbes foi um filósofo inglês do século XVII, reconhecido como um dos fundadores da filosofia política e ciência política modernas. 
             Embora tenha argumentado em favor da monarquia absoluta, Hobbes ajudou a estabelecer vários conceitos importantes para o pensamento liberal europeu. Parte de sua adesão a uma monarquia absoluta se deve a defesa de um governo Central forte que deveria ser capaz de evitar guerras civis
                Historicamente, se entende que esta defesa é devida ao fato se sua obra Leviatã ter sido escrita durante a Guerra Civil Inglesa. Nesta obra Thomas Hobbes estabelece sua posição acerca da fundação do estado, da legitimidade do governo e da formação de uma ciência da moral objetiva.

John Locke

          Conhecido como o "Pai do Liberalismo"     e um dos três grandes filósofos do Empirismo   BritânicoJohn Locke foi um filósofo britânico do século XVII que exerceu grande influência no republicanismo clássico, na teoria liberal e, seguindo a tradição de Sir Francis Bacon, no empirismo e iluminismo escocês.               Locke foi ainda o primeiro a definir a identidade do ser como continuidade da consciência, abrindo caminho para o debate moderno acerca da identidade e ser, que viria a originar o campo de estudo que hoje chamamos de "filosofia da mente".
          Em sua obra Dois Tratados sobre o Governo, Locke argumentou contra a monarquia absoluta e defendeu que o convencimento individual é a base da legitimidade política. O primeiro tratado é dedicado a refutar o patriarcalismo, uma posição politica surgida na Inglaterra do século XVII,           que buscava identificar o monarca com uma figura paterna, argumentando em favor de seu poder absoluto e de seu caráter fraterno. Robert Filmer foi um dos principais proponentes desta posição, a quem Locke ofereceu, no primeiro tratado, uma refutação sentença-a-sentença, contribuindo assim para a extinção do patriarcalismo como posição política.


Nicolau Maquiavel

               Niccolò di Bernardo dei Machiavelli, mais conhecido no Brasil como Nicolau Maquiavel, foi um filósofo que viveu e produziu entre os séculos XV e XVI, na região de Florença. Dedicou-se a explicação e compreensão do estado, politica e homens de estado como estes são na realidade, em oposição àqueles autores que formularam teorias acerca de como deveria ser o estado ou o governante ideal. Para além de descrever o estado de sua época, Maquiavel também apresentou estratégias e métodos sobre como os homens de estado deveriam comportar-se para tirar maior proveito da realidade, mantendo e expandindo o poder.





Tema 03 - Reforma e Contra Reforma



                No começo do século XVI, a Igreja passava por um período delicado. A venda de cargo eclesiásticos, indulgências e o enfraquecimento das influências papais pelo prestígio crescente dos soberanos europeus, que muitas vezes influenciavam diretamente nas decisões da Igreja, proporcionaram um ambiente oportuno a um movimento reformista.

               No final da Idade Média surgiu um forte espírito nacionalista que se desenvolveu em várias partes onde a figura da Igreja, ou seja, do Papa, já estava em descredito. Esse espírito nacionalista foi estrategicamente explorado pelos príncipes e monarcas, aumentando em aumentar os poderes monárquicos , colocando a Igreja em situação de subordinação.
               Nesse período, os olhos se voltaram para o grande patrimônio da Igreja, que despertou a ambição dos reis e nobres em querer anexar as suas terras as grandes e ricas propriedades da Igreja, que por exemplo: na Alemanha um terço do território era da Igreja, na França um quinto das terras estavam em poder da Igreja. Fora a isenção de impostos sobre esse território eclesiástico. 
               O ponto de partido da reforma religiosa foi o ataque de Martinho Lutero, em 1517, a prática da Igreja de vender indulgência. Martinho Lutero era um monge da ordem católica dos agostinianos, nascido na Alemanha em 1483. Após ter passado alguns anos no mosteiro, estudando o pensamento de Santo Agostinho, foi  nomeado professor universitário de teologia na Universidade de Wittenberg.
               Após exaustivos estudos, Lutero encontrou respostas para a suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender a doutrina da salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências, Eis aqui algumas das teses:

Tese 21 - estão encerradas os que pregam as indulgências e afirmam ao próximo que ele será liberto e salvo de todo castigo dos pecados cometidos mediante indulgências do papa. 

Tese 36 - Todo cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado tem total perdão dos pecados e consequentemente de suas dívidas, mesmo sem carta de indulgência do papa.


Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a que necessita age melhor do que se comprassem indulgências.

                Esses princípios foram considerados uma afronta á Igreja Católica em 1521 0 monge agostiniano, foi considerado definitivamente de herege e foi excomungado pela Igreja Católica. Suas ideias firam defendidas entre os cristão e passadas adiante através da tradução da Bíblia para o idioma alemão, seu número de adeptos as ideias de Lutero aumentaram largamente; por outro lado, o poder da Igreja diminuiu consideravelmente.

Contrarreforma
                Foi um movimento de reação da Igreja Católica ao surgimento de novas doutrinas cristã na Europa, em processo conhecido como Reforma Protestante. Após perder o poder religioso, econômico e político nos reinos alemães e na Inglaterra, além da diminuição da influência nos País Baixos, França, Áustria, Boêmia e Hungria, a Igreja Católica reagiu e de forma repressiva.
Medidas

Criação da Companhia de Jesus, ordem religiosa dos Jesuítas, fundada pelo militar Inácio de Loyola e era organizada de forma semelhante a um exército.


Concílio de Trento, na Itália entre 1545 e 1463 - esse encontro reunião as principais autoridades católicas e também alguns (teólogos e protestantes). Tinham como objetivo redefinir o posicionamento da Igreja em relação a sua doutrina religiosa.


Entre as medidas tomadas: foi proibida a venda de indulgências e decidido a criação de seminários para fazer formação de eclesiásticos, buscando desse forma, evitar a venda de cargos na Igreja.


A constituição de um catecismo para a doutrinas as crianças estava também entre as medidas. 

 O Tribunal do Santo Ofício, a inquisição, foi reativado para poder perseguir os praticantes das doutrinas cristãs protestantes. Milhares de pessoas foram torturadas e muitas mortas.

Uma lista de livros proibidos foi criada, vários livros foram proibidos aos católicos.


Pesquisar o significado das seguintes palavras:
  1. Indulgência 
  2. Inquisição
  3. Mosteiro
  4. Teólogo
  5. Doutrina

Tema 04 - Expansão Marítimas Europeias nos Séculos XV e XVI
          Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente os portugueses e os espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais: a) descobrir uma nova rota marítimas para as Índias e encontrar novas terras. b) buscar especiárias para trazer para a Europa.
          Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos. 


Objetivos
        No séculos XV, os países europeus que quisessem comprar especiárias (pimenta, açafrão, gengibre,canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. O mar mediterrâneo e os caminhos para as Índias eram dominados pelos italianos.
            Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha, desejavam muito ter acesso direto as fontes orientais, para poderem também lucrar com estes interessantes comércios.
      Outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, (metais preciosos) e produtos não encontrados nas Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessadas neste empreendimento, pois, significava novos fiéis. 
           Os reis também estavam interessados, tanto que financiavam grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época. 


Pioneirismo Português
             Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos xv  e xvi devido uma série de condições encontradas neste país Ibérico. A grande experiência em navegações principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal.
        As características, principalmente como meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior a de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capitais vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que esses negócios poderiam gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até esmo um centro de estudos. A Escola de Sagres.
      Planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha.
        Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas eram capazes de transporte grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo que acontecia durante a viagem.


Navegações Portuguesas e os Descobrimentos
                 No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama ás Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou a Calicute e pode desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiárias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
         Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta" Cabral continuou o percusso em direção as Índias. Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.


Navegações Espanholas 
           A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por outro caminho, o genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar as Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico.
       Colombo tinha conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente não conhecido.
             Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido pelos europeus. Em contato com os indígenas da América (maias, incas e astecas), os espanhóis começaram um processo de exploração destes novos povos interessados na grande quantidade de ouro.
        Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas. 


3º Bimestre


Tema 1-   Império Maia

IMPÉRIO MAIA
Resultado de imagem para fotos dos povos maias
Império Maia é centrado nas planícies tropicais do que é hoje a Guatemala, atingiu o auge de seu poder e influência em todo o século VI dC. Os Maias destacaram-se na agricultura, cerâmica, escrita hieróglifo, calendário de tomada e matemática, e deixaram para trás uma surpreendente quantidade de arquitetura e obras de arte simbólica.
A maioria das grandes cidades de pedras dos maias foram abandonadas por 900 dc., no entanto, e uma vez que os estudiosos do século 19 têm debatido o que pode ter causado esse declínio dramático.
civilização maia foi uma das sociedades indígenas mais dominantes da Mesomérica (um termo usado para descrever o México e América Central antes da conquista espanhola do século XVI (16). Ao contrário de outras populações indígenas espalhadas da Mesoamérica, os maias foram centradas em um bloco geográfica que abrange toda a Península de Yucatán e moderna Guatemala; Belize e partes dos estados mexicanos de Tabasco e Chiapas ; e a parte ocidental de Honduras e El Salvador. Esta concentração mostrou que a Maia manteve-se relativamente seguro da invasão de outros povos mesoamericanos.
A cultura maia só começou a ser explorada durante a primeira metade do séc. XIX pelo americano John Stephens e o desenhista inglês Frederik Catherwood.
Eles descobriram várias cidades sendo que a que mais chamou a atenção Chichen-Itzá. Eles publicaram o resultado de usas pesquisas e foi através destas obras que o povo ficou sabendo que não eram simples índios, mas que eles possuíam uma complexa organização, construíram magníficas cidades de pedra e desenvolveram uma escrita própria. Essa escrita se encontra nos diversos edifícios explorados.
Os sacerdotes maias possuíam diversos livros escritos em finas folhas de madeiras cobertas com gesso. Quando os maias foram encontrados por colonizadores, um dos aspectos que ajudou a extinção daquela civilização foi o fato de viverem em lutas constantes. Nessa época os padres espanhóis descobriram que os índios possuíam livros e resolveram destruí-los para evitar a divulgação de sua cultura. O bispo de Yucatán, D. Diego de Landa, ordenou a apreensão ea queima de centenas de volumes de livros chamando isso de um auto-de-fé. Além disso, determinou que a utilização daquela “escrita demoníaca” seria punida com a morte.
Esse mesmo bispo quando retornou à Espanha, escreveu um relatório intitulado Relacion de las Cosas de Yucatán, em 1566 para justificar sua ação repressiva. Informou que os livros continham descrições de cerimônias diabólicas e sacrifícios humanos. O relatório ficou esquecido até 1863 até que foi descoberto pelo sacerdote Charles Etienne Brassuer, que era interessado nas culturas pré Colombianas. Este permitiu saber o sistema utilizado pelos maias para a elaboração do calendário e seus numerais.
Salvaram-se apenas 4 livros da destruição, 3 conhecidos há muito tempo e um que apareceu após a segunda guerra mundial. Os livros tratavam de idolatrias que envolviam sacrifícios entre outras práticas similares.

HISTÓRICO DA CIDADE

No século 17 a cidade foi descoberta pelos espanhóis, missionários que queriam converter tribos que viviam às margens do lago Petén-Itzá, passaram aterrorizados por suas ruínas. A partir deste relato feito pelos religiosos o coronel Modesto Mendez em 1848 foi procurar a cidade , e quando a encontrou ficou maravilhado com a cultura.
Intrigando-nos até hoje, com o tamanho da pirâmide e dos templos feitos daquele tamanho com objetos construtores equivalentes a idade da pedra europeia. Além disso a cidade possuía grandes reservatórios de água , e ainda alguns objetos que até hoje não foi possível produzi-lo.Mais recentemente os americanos encontraram pirâmides Maias na Guatemala com até 45 metros de altura na região de Nakbe com objetos com + ou- 400 a.C.

ESCRITA

Dos 4 sistemas de escrita que se desenvolveram na Mesoamérica (zapotéca, mixteca, Maia e asteca), o mais complexo, não é possível agente ler completamente os textos, devido entre outras coisas a que os 750 ou 800 signos que se conhecem, alguns sons ideográficos, outros pictográficos e outros mais em partes fonéticas, que funcionaram em forma de figuras.

SOCIEDADE MAIA
A sociedade Maia estava dividida em classes: a nobreza o almehenoob, a qual pertence o sacerdote, governantes, chefes guerreiros e comerciantes o oh chembal unicoob, constituído de artesãos e trabalhadores, os escravos o pentacoob parte reduzido da população destinada principalmente o sacrifício, pois a sociedade Maia não se baseava na escravidão.

ECONOMIA E POLÍTICA
          A base da economia Maia foi o cultivo do milho pela técnica, pela roça e pelo semeio, que acaba esgotando as terras em 2 ou 3 anos, obrigando a mudar de lugar de plantio, o que resulta num cultivo extensivo e não intensivo. Na plantação se planta também outras coisas e se cultivam legumes , frutos, condimentos, algodão, tabaco.Ao lado da agricultura se praticava a caça , a pesca e domesticação de animais .
No aspecto tecnológico, a indústria mais importante lítica; produziram armas, objetos de trabalho e tornos em vários tipos de pedras, como a obsidiana, o pedernal e o jade. Baseava-se na escravidão.

      RELIGIÃO
Os Maias tinham uma religião politeísta a dizer, rendia culto a muitos deuses, que podiam ser masculinos e femininos, jovens e velhos benéficos e maléficos também um ou quatro não eram seres perfeitos como em outras religiões, nem culto suficientes, que para continuar existindo necessitando de homens e do culto.

CALENDÁRIO MAIA
calendário maia era superior ao de todos os povos da Antiguidade. Compreendia um ano solar de 365 dias, um ano bissexto de 366 dias e um ano venusiano de 260 dias.
Livros mais antigos eram os seguintes:
Durante o Novo Império foram construídos edifícios dedicados a divindades oriundas da região dos toltecas e que exigiam constantes sacrifícios humanos. Edward Thompson explorou os edifícios em melhor estado de conservação.

Construções Maias

O chamado Caracol era um observatório astronômico com seteiras voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, a estrela Sírio e a Lua. Havia também o Castelo, que era uma pirâmide com 4 escadas centrais, cada uma com 90 degraus, e mais 5 degraus que levavam até o templo, o que somava 365 degraus. Isso demonstrava a preocupação com o calendário solar…

MEDICINA
Os Maias tiveram uma medicina que foi combinação da Ciência e magia, pois consideravam que as enfermidades teriam tantos casos naturais e como sobrenaturais. O médico era o alguém, quem diagnosticava a partir de sintomas, fundados na ideia de que as enfermidades se devia ao frio , ao calor ou a alguma coisa mágica.
Havia médicos especializados, como herbolárias, hueseros e parteras. Entre as curas havia infusões e pomadas feito com ervas , substâncias animais sangrias hantro de vapor e formulas mágicas. Há vários textos médicos, parte dos chilam, balam e copias de antigas escrituras realizadas mais tardiamente, como o livro do judio e no livro, RITUAL DOS BACABES.


História dos Astecas

Conheça a história dos Astecas, formação do Império, arquitetura, religião, imperador Montezuma, agricultura, economia, artesanato, cultura e arte.


Introdução 
Povo dedicado à guerra, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa área de pântanos, próxima do lago Texcoco.

Sociedade asteca 
A sociedade era hierarquizada (dividida em camadas bem definidas) e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). 

Montezuma e a conquista espanhola sobre os astecas

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Comandados pelo conquistador Fernão Cortés, os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região. O Império Asteca foi dominado pelos espanhóis em 1521.

Agricultura 
Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.






Artes, religião e arte asteca

artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia
Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes. 
Você sabia?
- A cidade de Tenochtitlán (capital asteca) foi fundada no ano de 1325. Após o domínio espanhol, em seu lugar, foi construída a Cidade do México.

Economia Asteca

      Economia asteca, agricultura, tributos, trabalho, comércio no Império Asteca, principais atividades econômicas



Principais atividades econômicas

A economia dos astecas tinha como principal atividade a agricultura. Cultivavam, principalmente, milho, cacau, pimenta, tomate, abóbora, mandioca, feijão e batata. Também cultivavam frutas como, por exemplo, abacaxi, maracujá e banana. 
Os astecas usavam técnicas agrícolas avançadas para a época.
Construíram complexos sistemas de irrigação do solo e obras de drenagem.
Além da agricultura, os astecas viviam da pesca, caça e confecção de objetos artesanais (potes, cestos, joias, etc.).

Comércio
O comércio interno era intenso no Império Asteca. Havia comerciantes especializados em vários tipos de produtos. A economia funcionava na base da troca de produtos, porém as sementes de cacau eram usadas como uma espécie de moeda.

Trabalho
O trabalho no Império Asteca era diversificado. Existiam os trabalhadores livres (comerciantes, artesãos, etc.) e os que trabalhavam em regime de servidão. Estes últimos atuavam na construção de obras públicas e eram controlados, na base da violência, pelas autoridades militares, religiosas e governamentais.

Tributos
Os astecas pagavam muitos tributos ao estado. Estes tributos eram pagos com parte da produção ou prestação de serviços. Os tributos eram usados , principalmente, na construção de estradas, canais, palácios e diques.

Desigualdades sociais
A economia asteca gerava muita desigualdade. Os governantes e as autoridades militares e religiosas viviam em ótimas condições financeiras, pois grande parte da renda do império concentrava-se nestas camadas sociais privilegiadas.
Já os trabalhadores braçais, que formavam grande parte da população asteca, pagavam muitos tributos, recebiam pouco e , por isso, viviam em estado de pobreza.


História dos Incas

      Conheça a história do Império Inca, cultura, economia, religião, trabalho, organização social, o imperador: sapa-inca, Machu Picchu, o quipo, escrita e arquitetura


 Introdução 
A Civilização Inca desenvolveu-se na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram conquistados e dominados pelos espanhóis no ano de 1532.

Governo 
O imperador, conhecido por Sapa Inca, era considerado um deus na Terra. A sociedade era extremamente hierarquizada e formada por: nobres ( governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Cultura Inca

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e joias. 

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.
religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti ). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).



Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.


Conquista Espanhola na América

          A América rapidamente tornou-se um bom investimento para os Estados mercantilistas, principalmente a partir de 1545, quando foram descobertas na região de Potosi (atual Bolívia) as maiores minas de prata do mundo conhecida na época.
          Durante o período colonial, a América espanhola permaneceu dividida a em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova Espanha, Peru e Rio da Prata) e o em quatro capitanias gerais (Cuba, Chile, Guatemala e Venezuela). Estas regiões eram controladas diretamente pela Coroa espanhola, mas existiam também os cabildos que eram assembleias semelhantes às atuais Câmaras Municipais que eram controladas pelos espanhóis locais.
          Na América espanhola, os chapetones, espanhóis natos, representavam a Coroa espanhola na colônia e os crioullos (espanhóis nascidos na colônia) formavam a elite local e dominavam os cabildos, índios, negros africanos e mestiços formavam a classe trabalhadora.
          A Espanha sempre procurou garantir que a exploração econômica de sua parte da América beneficiasse os interesses da Coroa e da burguesia. Com o monopólio comercial as riquezas eram desviadas da América e acumuladas na Europa, e pelo pacto colonial as colônias não poderiam estabelecer relações comerciais com a metrópole e sua burguesia comercial.
A agricultura também enriqueceu a Coroa e a burguesia espanhola. No entanto, a atividade econômica preponderante na América espanhola sempre foi a mineração que marcou a região como a mais forte de metais preciosos do mundo.
          A escravidão negra praticamente restringiu-se as plantações de cana de açúcar e tabaco nas ilhas do Caribe; em todas as outras regiões, predominou o trabalho indígena.


          O brutal e estafante trabalho compulsório ocorria nas modalidades da encomienda ou da mita. A encomienda era a exploração de um grupo de índios por um colono espanhol em troca da responsabilidade do colono em catequizar os nativos dominados eram obrigados a colocar anualmente a disposição do colono um certo número de homens para trabalhar para este colono. A encomienda e da mita. São formas de trabalhos compulsórios que predominaram na exploração colonial da América pela Espanha.

Consequências da Colonização Espanhola

          A conquista da América e a sua posterior colonização, foi um empreendimento gigantesco, que sem dúvida alguma mudou os rumos da civilização ocidental. Esta obra, cujas marcas principais estão diretamente relacionadas à expansão marítima e comercial levada a cabo pelos países ibéricos (Portugal e Espanha) no final do século XV, realizou-se com a perda de milhões de vidas e o extermínio completo de muitas civilizações indígenas.
          Se por um lado o Novo Mundo representava um eldorado de oportunidades para europeus ávidos por riquezas e metais preciosos (ouro, prata e cobre), por outro ele se transformou num verdadeiro inferno e numa dolorosa provação para aqueles que se submeteram pela força, ao jugo dominador das nações europeias, notadamente da Espanha.

          Após alguns contatos amistosos no início da colonização, a relação entre espanhóis e gentios da terra sofreu uma transformação que, caracterizou por assim dizer, o tipo e a mentalidade colonizadora desenvolvida pela Espanha. A busca por riquezas e a conversão dos índios ao cristianismo foram, entre outros fatores, as bases motivadoras do projeto colonial em território americano.

          O segundo objetivo era constantemente utilizado para mascarar o primeiro e em busca deste, inúmeras atrocidades foram cometidas contra os povos dominados. A cruel matança de indígenas, bem como a ganância e a sede espanhola por metais preciosos, foi muito bem retratada por Frei Bartolomeu de Lás Casas (testemunha ocular de tais acontecimentos), que jamais ficou calado diante do tratamento desumano dispensado pelos colonizadores aos povos nativos:   

 

Sociedades Indígenas no Território Brasileiro

Povos Indígenas do Brasil

 

          A Cultura dos Povos Indígenas - Cerca de 200 sociedades indígenas vivem no Brasil. São quase 200 culturas, com língua, religião e organização social distintas entre si. Trata-se de um dos maiores acervos culturais do mundo, que tem atraído ao País centenas de estudiosos e especialistas, principalmente lingüistas e antropólogos. Este acervo, entretanto, vive sob constantes ameaças, que têm como causa básica os conflitos fundiários e o avanço dos não-índios sobre as terras indígenas. A Constituição Federal estabelece como direito inalienável aos povos indígenas a posse sobre a terra que ocupam, mas, dada a vastidão do território brasileiro e a escassez de recursos, a agência governamental encarregada de defender e garantir os interesses e os direitos indígenas, a Funai (Fundação Nacional do Índio), tem dificuldades de fazer cumprir a legislação, garantir um adequado atendimento de saúde e educação e implementar os projetos de atividades produtivas.

          A cultura material dos povos indígenas expressa aos outros setores da sociedade a sua visão de universo e, quase sempre, cumpre uma função utilitária no cotidiano da comunidade tribal. Mas esta visão vem sendo influenciada pelas mais variadas formas de pressão a que estão submetidos os povos indígenas brasileiros, cujas terras são ambicionadas pelos regionais, em virtude das riquezas da flora, fauna e do subsolo.
          A carência de recursos, aliada à influência das populações não indígenas tem repercutido na produção cultural dos povos indígenas brasileiros. Excluem-se dessa tendência os indígenas que ainda vivem isolados, sem qualquer contato com o chamado mundo civilizado, que a Funai estima em cerca de 60 comunidades na Amazônia.
          A influência dos regionais sobre os povos indígenas pode ser constatada nas peças artesanais. Nos últimos anos, os técnicos da Funai verificaram uma queda na qualidade dos artesanatos indígenas. Este processo coincide com o avanço dos não índios sobre seus territórios, que tem provocado modificações ambientais e privado os índios da matéria-prima necessária à produção da sua arte. Além disso, os baixos investimentos nas áreas de educação, saúde e atividades produtivas, deixou as sociedades indígenas mais suscetíveis às influências dos regionais e dependentes dos benefícios do Estado.
          A necessidade de sobreviver em condições adversas levou os Pataxó Hã-Hã-Hãe, localizados no sul da Bahia, a produzirem intensamente seus artesanatos, sem a tradicional qualidade. Cercados por fazendeiros e ainda hoje lutando pelo direito à posse imemorial da terra por eles ocupada, seu espaço físico foi bastante desmatado e sua flora local reduzida. O artesanato Pataxó está longe de representar toda a sua cultura material. Hoje, eles produzem peças visando a arrecadar recursos que lhes permitam consumir bens e produtos produzidos pelos não índios. Anteriormente, o artesanato Pataxó era rico em penas de aves típicas da região e que revelavam aspectos da sua cultura mítica. As penas usadas hoje são de aves comuns, tingidas com cores fortes, que estão longe de retratar a verdadeira cultura Pataxó. Eles optaram ainda pela produção de pentes e outros apetrechos em madeira, que têm boa aceitação comercial.
          Os índios Fulniô, no Estado de Per nambuco, também enfrentam situação semelhante. Exímios na arte do trançado, os Fulniô encontram muita dificuldade em obter matéria-prima para a produção de cestos, tapetes e outras peças. Assim, os Fulniô também fazem trabalho em madeira (gamelas, pentes, entre outros objetos) com objetivo puramente comercial. A pressão dos civilizados, entretanto, não alterou o comportamento religioso nem in fluiu na organização social do grupo. Os Fulniô têm a preocupação de preservar a própr ia língua, realizar seus rituais e ensinar aos mais jovens as tradições do grupo.
          Os Guarani-Kaiowá, naturais do Mato Gr osso do Sul, são outro exemplo de povo extremamente afetado pelo contato com a sociedade nacional. A cada ano é mais elevado o número de suicídios nesse grupo. Nos últimos anos, a Funai tem investido muito para recuperar os territórios tradicionalmente ocupados pelos Guarani-Kaiowá e dominados irregularmente por produtores de soja e agropecuaristas, a fim de garantir a sobrevivência física e cultural deste grupo que, no passado, se espalhava da região Centro-Oeste até o Sul do País.
          A perda gradual do espaço geográfico da aldeia (tekoha) comprometeu a organização social dos Guarani-Kaiowá, fortemente ligada aos seus conceitos míticos.
          O espaço da aldeia tem uma relação com o sagrado e a sua perda implica em falta de referencial para as demais s atividades do grupo. Não só a perda do Tekoha alterou os aspectos culturais desses índios. O processo de anulação dos valores culturais dos Guarani-Kaiowá se deveu, em grande parte, à presença de várias seitas protestantes, que penetra m no grupo com o objetivo de dar-lhes assistência. Esta influência das missões religiosas, impondo conceitos estranhos a eles, como o do pecado, gerou conflitos.
          Sem o referencial místico, intrínseco à terra que deveriam ocupar, e contaminados por outros entendimentos de religiosidade, muitos índios viram e ainda vêem no suicídio uma alternativa para acabar co m o próprio conflito interno. Quando não tomam esta atitude extrema, entregam-se ao consumo de bebidas alcóolicas, que, igualmente, leva a sua degradação. Alguns, entretanto, buscam a alternativa de se empregarem nas fazendas instaladas em suas terras tradicionais. Esta decisão, por si só, já representa um total distanciamento do padrão cultural de um Guarani- Kaiowá. Os índios são sub-empregados. Entretanto, é a forma que vários Guarani- Kaiowá encontram para, pelo menos, se manterem vivos na esperança de poderem, um dia, retomar o tekoha.
          As populações indígenas do Sul do País, como os Guarani, Kaingang e Xokleng não têm u ma produção relevante de cultura material, que se manifeste a través de um artesanato próprio, seja ele cerâmica, arte plumária ou outros objetos. Isto pode ser comprovado pelo fato de o Departamento de Artesanato Indígena (Artíndia) da Funai não receber peças produzidas por esses povos, que vivem espalhados pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora preservem a língua e seus hábitos, estes grupos enfrentam sérios conflitos pela posse na terra, devido à alta densidade demográfica registrada naquela região. Esta luta pelo espaço físico e o longo contato com a população branca levaram os índios a praticamente abandonar a sua produção artística. Grande parte desses grupos incorporou elementos predominantes no comportamento da sociedade nacional e se dedica à atividade agropecuária.
Fonte: www.abrasd.com.br


O Encontro dos Portugueses com os Povos Indígenas

O domínio português: resistência indígena como forma de conter a opressão.

          
Desde a chegada dos primeiros colonizadores houve uma batalha contra os indígenas, essa luta não raro se fez com a permissão do governo metropolitano português até com a utilização de suas tropas militares e mercenárias. No primeiro século de colonização, foram os indígenas do litoral leste e sudeste do Brasil os que entraram em choque com os brancos. Estes não somente desejavam se apropriar das terras dos indígenas para fazer suas lavouras de cana de açúcar, como queriam se apoderar dos próprios indígenas com o objetivo de transformá-los em escravos. Durante o período pré-colonial, houve várias expedições, nos relatos feitos pelos portugueses ocorria a antropofagia (portugueses sendo comidos pelos indígenas), ao surgir as pequenas feitorias houve uma tentativa de manter uma vida amistosa com determinados tribos destas regiões.
          No século XVII, a economia brasileira já era dominada pela lavoura e a indústria da cana de açúcar, o gado estava avançando pelo interior do nordeste e pelo rio São Francisco, moviam-se lutas contra tribos que habitavam esta região, as quais eram dizimadas. O governo português promovia a ocupação do Maranhão e do Pará, e combates sangrentos se davam entre os brancos e os indígenas destas regiões. No sul, os paulistas começavam a realizar expedições contra os indígenas do interior, com o objetivo de obter novos escravos. Um século depois a economia brasileira se caracterizou pela a exploração do ouro, novas lutas se deram entre brancos e índios destas regiões auríferas, são índios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Nessa época começavam a desaparecer os Kayapó do Sul, que habitavam o triângulo mineiro, já no maranhão, os criadores de gado invadiram as terras dos índios Timbíra. Outra frente agrícola seria a dos colonos alemães em Santa Catarina, que entrou em choque com os índios xokléng (na capitania do espírito santo não houve um grande desenvolvimento colonial devido às ações de resistência dos indígenas que travavam duras batalhas contra os colonizadores). A frente pastoril no século XVI, por todos os lugares onde avançou, acabou encontrando índios, que dizimou, chegou mesmo a empregar os serviços de bandeirantes no combate aos índios.
          Nem todas as tribos indígenas desapareceram devido aos choques armados com os brancos ou devido à escravização. Um grande número de indígenas desapareceu devido às doenças que eram desconhecidas por seu meio, nos primeiros tempos da colonização, quando os missionários reuniam índios de vários lugares num só aldeamento para facilitar a catequese cristã, o surto de qualquer uma doença era algo desastroso, pois o ajuntamento de um grande número de indígenas facilitava o contágio. As epidemias da varíola de 1562-1563, na Bahia, mataram muitos índios assim aldeados.
          Muitos povos indígenas submetidos ao controle dos senhores de engenho ou dos jesuítas procuravam resgatar a sua liberdade através de violentas revoltas, outros articulavam complexos movimentos de protesto e resistência. Porém a estratégia mais eficaz a alternativa ao confronto e a submissão residia na fuga coletiva e na reconstituição da sociedade em regiões distantes dos conquistadores, durante o século XVI, muitos grupamentos tupi abandonaram o litoral e foram para áreas longínquas com o objetivo principal de reestabelecer a sua autonomia.
          Os levantes indígenas foram um dado constante na história da região amazônica, em alguns casos as forças disponíveis dos portugueses eram poucas em números e equipamentos, em uma guerra aberta contra os índios as forças portuguesas seriam inevitavelmente anuladas e absorvidas. Muitos portugueses levantavam alternativa a repressão armada e começavam a fazer planos para estabelecer relações pacíficas com os índios, porém estas relações pacíficas, como no caso dos índios mundurucus muitas vezes esbarraram nas decisões de governantes que determinavam as ações punitivas em direção as áreas rebeldes, mesmo assim os indígenas não se intimidavam e continuavam com as suas resistências. Portanto, as gestões de paz estavam sendo seriamente quebradas / ameaçadas junto com os programas de pacificações com as ações punitivas que resultava no massacre de indígenas, ressaltando que estas expedições punitivas representavam os interesses de determinados grupos portugueses que se beneficiavam.

Consequências do Encontro dos Portugueses com os Povos Indígenas
          Quando ouvimos falar da colonização portuguesa na América, lembramos logo da Descoberta do Brasil: Pensamos: será que o Brasil foi realmente descoberto pelos portugueses? Antes da chegada dos portugueses não existiam povos e sociedades habitando a nossa terra?
          Mas é lógico que existiam habitantes no "Novo Mundo": eram os diferentes povos indígenas, considerados os povoadores da região. O processo que promoveu o primeiro contato entre portugueses e indígenas foi um encontro de culturas? Ou uma conquista, um "desencontro de culturas"?
          A colonização portuguesa teve como principais características a submissão e o extermínio de milhões de indígenas. O processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como a colonização espanhola, que conquistou e exterminou os povos indígenas.
          A Coroa portuguesa, durante as Grandes Navegações (XV e XVI), tinha como principais objetivos a expansão comercial e a busca de produtos para comercializar na Europa (obtenção dos lucros). Existiam outros motivos, porém focaremos esses dois.
          Em 1500, os primeiros portugueses que desembarcaram no "Novo Mundo" (América) tomaram posse das terras, logo em seguida tiveram os primeiros contatos com os indígenas, designados pelos portugueses de "selvagens". Alguns historiadores chamaram o primeiro contato entre portugueses e indígenas de "encontro de culturas" (como uma tentativa de amenizar e adocicar as péssimas relações que foram mantidas), mas percebemos que o início do processo de colonização portuguesa foi um "desencontro de culturas", que mais correspondeu ao processo de extermínio e de submissão dos indígenas - tanto por meio dos conflitos com os portugueses quanto elas doenças trazidas por estes, como à gripe, a tuberculose e a sífilis.
          O "desenvolvimento de culturas" promovido pelos primeiros contatos entre europeus e indígenas ganhou nova força a partir de 1516, quando Dom Emanuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a exploração. Os indígenas resistiram à tentativa de submissão e extermínio, expulsando rapidamente os portugueses.
          Até 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida - somente no ano de 15131, o monarca português Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil, nomeando-o Capitão - Mor da esquadra e das terras coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das Sesmarias (lotes de terras).
          A submissão e o extermínio dos indígenas pelos europeus estavam apenas começando na história do Brasil, entretanto não devemos esquecer a resistência que os povos indígenas empreenderam.

Tráfico Negreiro e Escravismo Africano

          Embora a escravidão seja quase tão velha quanto à própria humanidade, jamais o tráfico de escravos fora um negócio tão organizado, permanente e lucrativo quanto se tornou depois que os portugueses estabeleceram, em meados do século xvi, uma vasta rota triangular que uniu a Europa, a África e América e transformou milhões de africanos em uma lucrativa moeda de troca. Manufaturas europeias eram levadas para Guiné e cambiadas por escravos em entrepostos costeiros. Os mesmos navios partiram em seguida, conduzindo em seus porões aldeias inteiras para trabalhar até a morte nas plantações do Brasil. Uma vez no Novo Mundo, esses escravos em geral não eram vendidos, mas trocados por açúcar- revendido, a seguir, com grande lucro na Europa. A formula logo pode incluir a Ásia, já que os panos coloridos feitos em Goa, na Índia, passaram a serem mercadorias oferecidas nas feitorias da Guiné.
          Mas o pioneirismo lusitano foi logo ameaçado pela concorrência dos holandeses, ingleses e espanhóis.
          No século xvii, se já não eram os maiores traficantes de escravos do planeta, britânicos e holandeses eram os que mais lucravam, com eles. No século seguinte, porém, brasileiros e portugueses radicados no Brasil se tornaram os maiores e mais eficientes traficantes de escravos da história. Utilizando-se da cachaça e do tabaco de terceira - baratos e abundantes no Brasil e apreciadíssimos na África, criaram um círculo comercial espantosamente eficiente e rendoso.   Embora capturados cada vez mais no interior do continente africano, os escravos iam ficando cada vez mais baratos, à medida que aumentava o interesse pelo fumo e pela aguardente. Os postos de capturas e trocas de escravos logo se espalhavam por quase toda a África negra, incluindo Moçambique e outros portos do Índico. O mercado de carne humana floresceu planamente até 1815, quando sentindo=se prejudicada pelo tráfico, a Inglaterra decidiu proibi-lo.


4º Bimestre

Condições dos Escravizados
          Como o açúcar feito no Nordeste do Brasil era levado para a Europa nos mesmos navios que traziam os escravos da África, os negreiros forçavam os engenhos a adquirir nos escravos sob pena de não comprarem seu açúcar. Assim, os senhores de engenhos logo se endividavam.
          De qualquer forma, um escravo se "pagava" em cinco anos. Melhor para seus senhores: devido aos maus-tratos frequentes, a jornada de trabalho nunca inferior a dezoito horas diárias, as péssimas condições de alojamentos e as rações criminosamente exíguas, os escravizados, em média, não sobreviviam mais do que sete anos no Brasil. Mas, como uma "peça da África" custava cerca de cinquoenta mil-réis, mesmo portugueses relativamente pobres - e até escravos alforriados - podiam ter pelo menos uma. E de fato tinham\; não possuir escravo no Brasil era considerado algo tão humilhante que dentre os "reinóis" que não conseguiam adquiri os seus, muitos preferiam voltar para Portugal.

Trabalho do dia a dia
          Eles eram plantadores e moedores de cana de açúcar, derrubadores de matas e semeadores de mudas; eram vaqueiros, remeiros, pescadores, mineiros e lavradores; eram artífices, caldeireiros, marceneiros, ferreiros, pedreiros e oleiros; eram domésticos e pajens, guarda - costas, capagangas e capitães do mato, feitores, capatazes e até carrascos de outros negros. Estavam em todos os lugares: nas cidades, nas lavouras, nas vilas, nas matas, nas senzalas, nos postos, nos mercados, nos palácios.
          Carregavam baús, caixas, cestas, caixotes, lenhas, cana de açúcar, quitutes, ouro e pedras, terra e dejetos. Também transportavam cadeirinhas, redes e leiteiras onde, sentados ou deitados, seus senhores passeavam (ou até viajavam). "Eles eram, de acordo como jesuíta Antonil, 'as mãos e os pés dos senhores de engenhos"

Brasil Negro
          Capoeira, Samba, Feijoada, Candomblé, Vatapá: Que país seria o Brasil sem o legado cultural africano?
          Certamente não o mesmo que hoje é - e dificilmente mais colorido, dinâmico, múltiplo e ruidoso. Falar na "influência cultural" que os negros tiveram no Brasil é quase uma piada: o que parece ter havido, pelo menos em certas áreas do país, é quase uma adaptação dos padrões de comportamento dos escravizados as nossas condições de vida a que foram submetidos. E, tão logo eles se estabeleceram, os demais povos e que se viram na continência de adotar inúmeras tradições africanas.

A Luta dos Escravizados
          Sabe-se atualmente que a resistência dos escravizados foi muito feroz e constante. Milhares de negros lutaram de todas as formas contra os horrores que o destino lhes reservava. A fuga, solitária ou coletiva, não era a única forma de rebelião: houve incontáveis casos de escravizados que quebravam ferramentas, incendiavam senzalas, dispersavam rebanhos ou atacavam seus feitores.
          Muitos outros optaram pelo suicídio (em geral pela ingestão de terra), ou então se deixaram acometer pelo "branzo", o torpor mortal que levava a morte por inanição. Certo é que, onde houve escravidão, houve resistência.

Quilombos - 
Quantos foram os quilombos e quantos negros neles viviam é algo impossível de calcular. Em 1930, o Guia Postal do Brasil, registrava, segundo um pesquisador, 168 agências cujo nome derivava das palavras quilombos ou mocambo. Eles se espalhavam do Amazônia ao Rio Grande do Sul, e alguns chegaram a ter cerca de dez mil habitantes, como o quilombo do Ambrósio, em Minas Gerais. Nessas, povoações não viviam apenas negros de todos os grupos étnicos, falando várias línguas diferentes: nos quilombos também se podia encontrar indígenas, brancos desajustados de fora da lei.
          Embora as autoridades e os senhores de escravos constatemente se unissem para articular expedições repressivas, enviadas a toda e qualquer quilombo, onde quer que eles se encontrassem, muitos desses núcleos resistiram por anos a fio. O maior e mais importante deles - Palmares, o berço de Zumbi - foi capaz de sobreviver por quase um século.



Tema: Ocupação Holandesa no Brasil

História da Invasão Holandesa no Brasil

A Invasão Holandesa no Brasil, Maurício de Nassau e seu governo, Domínio da Holanda no Nordeste, realizações dos holandeses no Brasil, batalha de Guararapes, presença dos holandeses na Bahia e Pernambuco, expulsão dos holandeses do Brasil.




História da Invasão Holandesa no Brasil
          Após domínio da Espanha em Portugal, a Holanda, em busca de açúcar, resolveu enviar suas expedições para invadirem o Nordeste do Brasil, no período colonial.
          Sua primeira expedição ocorreu em 1621, na Bahia, contudo, esta não foi bem sucedida, pois, em pouco tempo, os colonos portugueses a mandaram para fora do Brasil.  
          Em 1630 houve uma segunda expedição e esta, ao contrário da primeira, ocorreu em Pernambuco, foi melhor sucedida. 
          Durante seu domínio, a Holanda enviou seu príncipe (Maurício de Nassau) para governar as terras que havia conquistado e formar nestas uma colônia holandesa no Brasil. Neste período, o príncipe holandês dominou enorme parte do território nordestino. 
          Após algum tempo, ocorreram muitas revoltas devido aos altos impostos cobrados pelos holandeses. Após muitos conflitos, o governador Maurício de Nassau deixou seu cargo. Este fato facilitou a ação dos portugueses, que tiveram a chance de reagir em batalhas como a do Monte das Tabocas e a de Guararapes.  
          Em 1654, após muitos confrontos, finalmente os colonos portugueses (apoiados por Portugal e Inglaterra) conseguiram expulsar os holandeses do território brasileiro.

Governo de Nassau em Pernambuco - resumo, características

  História, características do governo de Maurício de Nassau, resumo, o que fez, principais ações políticas, econômicas e culturais no Nordeste brasileiro, contexto histórico.








Contexto histórico
          Em 1630, os holandeses invadiram e dominaram Pernambuco. Interessados na produção de açúcar do nordeste brasileiro, os holandeses permaneceram na região até 1654, ano em que foram expulsos.

Governo de Nassau (1637 – 1644)
          João Maurício de Nassau foi um conde holandês, enviado ao nordeste brasileiro, em 1637, pela Companhia das Índias Ocidentais. Sua função era governar as terras dominadas pelos holandeses na região de Pernambuco. Seu governo durou sete anos e foi responsável por várias transformações, principalmente urbanísticas, em Recife.

Principais características do Governo Nassau (ações):
- Investimentos na infraestrutura de Recife como, por exemplo, construção de pontes, diques, drenagem de pântanos, canais e obras sanitárias.

- Estabelecimento de aliança política com os senhores de engenho de Pernambuco.

- Incentivo ao estudo e retratação da natureza brasileira, principalmente com a vinda de artistas e cientistas holandeses.

- Adoção de melhorias nos engenhos, visando o aumento da produção de açúcar.

- Criação do Jardim Botânico no Recife, assim como o Museu Natural e o Zoológico.

- Melhoria da qualidade dos serviços públicos em Recife, investindo na coleta de lixo e nos bombeiros.

- Redução dos tributos cobrados dos senhores de engenho de Pernambuco.

- Estabelecimento da liberdade religiosa aos cristãos.

Fim do governo Nassau
          No começo da década de 1640, a Companhia das Índias Ocidentais passou a tomar uma série de medidas visando o aumento dos lucros com a economia açucareira no Brasil.          Entre estas medidas estavam o aumento de impostos, cobrança de dívidas atrasadas dos senhores de engenho e pressão para aumentar a produção de açúcar. Estas medidas causaram grande insatisfação nos senhores de engenhos e não foram aceitas por Maurício de Nassau, que resolveu deixar o cargo de governador em 1644.
          A saída de Nassau do governo rompeu o clima harmonioso entre holandeses e senhores de engenho. Muitos destes últimos passaram a se organizar, formando exércitos e buscando apoio de colonos, com o objetivo de expulsar os holandeses do nordeste brasileiro. O objetivo foi conquistado em 1654 através da Insurreição Pernambucana.

Conclusão
          No geral, o governo de Nassau foi positivo para Pernambuco em função das boas realizações implantadas que proporcionaram um certo grau de modernidade e desenvolvimento à região. Como a comparação geralmente é feita com o governo português no Brasil, que estava muito mais preocupado com a exploração econômica, muitos estudiosos afirmam que a região dominada pelos holandeses seria muito mais desenvolvida atualmente caso estes tivessem permanecido por mais tempo.


Tema: Mineração e Vida Urbana

Extração do ouro no Brasil Colonial - resumo, técnicas

Tipos de extração, como era feita, mão-de-obra utilizada, minas de aluvião, instrumentos utilizados.


Introdução
          O Ciclo do Ouro é o período da História do Brasil correspondente ao século XVIII. Foi o período em que ocorreu intensa atividade extrativista de ouro na região de Minas Gerais. A economia aurífera provocou profundas transformações no Brasil Colonial, principalmente no tocante a urbanização da região de Minas Gerais.

As formas de extração do ouro (principais técnicas)

Ouro de aluvião

          Grande parte do ouro encontrado neste período estava presente nas chamadas minas de aluvião. Estas ficavam, principalmente, nas margens de rios, córregos e riachos. Os trabalhadores que faziam o serviço pesado nestas minas eram, principalmente, escravizados de origem africana. 
          Os garimpeiros destas minas usavam a bateia como principal instrumento para encontrar as pepitas de ouro. Esta espécie de peneira, de tamanho grande, servia para separar as pedras de ouro (pequenas e em pouca quantidade) do cascalho presente nos rios.
          Esta técnica era barata, porém pouco eficiente. Para compensar e obter lucro, o dono da minha utilizava grande quantidade de mão-de-obra, que devia trabalhar por longos períodos. Portanto, a mão-de-obra utilizada nestas minas era explorada ao extremo.

Grupiara
          Nesta técnica, os garimpeiros pegavam cascalho e terra das encostas da montanha (com presença de ouro) e levavam até um local com água. Neste lugar, usavam a bateia para encontrar pepitas de ouro. 
          Nesta técnica, também era muito utilizada a roda d’água para levar a água até partes altas de montanhas com presença de ouro. Os garimpeiros ficavam na parte baixa, com a bateia, para encontrar o ouro que descia junto com a água e o cascalho.

Minas subterrâneas
          Em função dos elevados custos envolvidos e o alto risco de desabamentos, esta técnica foi pouco utilizada no século XVIII.  Necessitava de mão-de-obra técnica especializada (com conhecimentos de engenharia) para abrir buracos nas montanhas, além de equipamentos caros para a exploração do ouro.

A fiscalização nas minas
          Nas minas de ouro havia a presença de grande quantidade de funcionários, contratados pelos proprietários, que fiscalizavam o trabalho dos garimpeiros. Os garimpeiros que tentavam pegar ouro para si durante o trabalho, quando eram descobertos, recebiam duros castigos físicos. Estes fiscais também serviam para forçar os garimpeiros a trabalhar de forma rápida, correta e eficiência.

Impostos sobre o ouro no Brasil Colonial

          A cobrança de impostos feita por Portugal sobre o ouro encontrado no Brasil durante o período colonial, tributos e impostos, casas de fundição.


Introdução
 
          Durante o Ciclo do Ouro (século XVIII), a coroa portuguesa criou impostos e um rígido sistema de controle e fiscalização como formas de garantir o lucro sobre todo ouro encontrado no Brasil.
          A cobrança destes tributos gerou muita insatisfação entre os colonos brasileiros, que os consideravam abusivos, servindo de estopim para várias revoltas coloniais na região das minas.
          Vale lembrar que havia também severas punições (prisão, degredo e castigos físicos) para os colonos que não pagavam estes impostos ou que participavam de contrabando de ouro.

Os impostos sobre o ouro:

Quinto
          Todo ouro encontrado pelos colonos devia ser levado para as casas de fundição. Nestes locais, controlados por autoridades da coroa portuguesa, era retirado 20% (um quinto). Este imposto obrigatório era levado diretamente para Portugal, para os cofres da coroa portuguesa.

Capitação:
          Era um imposto cobrado, principalmente, dos colonos da região aurífera. O imposto era cobrado com base no conjunto de propriedades (imóveis e escravos, por exemplo) que a pessoa possuía. Negros forros e trabalhadores livres também tinham que pagar a capitação, sob pena de castigos físicos e até prisão. A capitação foi criada no começo da década de 1730.

Revolta de Vila Rica 1720 - resumo, causas

          Resumo sobre a Revolta de Vila Rica, causas e consequências, o que foi e o que aconteceu durante a revolta.


O que foi
          A Revolta de Vila Rica, também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, foi um movimento social de caráter nativista que ocorreu em 1720 na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto (atual Ouro Preto, Minas Gerais). 

Causas principais

          Aumento da exploração colonial, ou seja, por parte de Portugal sobre o Brasil.
         
          Criação das Casas de Fundição no Brasil, que tornou obrigatória a cobrança do "quinto" (imposto de 20% sobre todo ouro encontrado no Brasil). Nas Casas de Fundição era feita a retirada da parte devida a Portugal.

          Portugal decretou a proibição da circulação do ouro em pó (medida para dificultar a sonegação do imposto).

          Punições severas para quem não pagasse os impostos devidos à metrópole.

Objetivo da revolta

          - Os revoltosos queriam o fim das Casas de Fundição;

          - Queriam também a redução de vários impostos e tributos;

          - Fim dos monopólios do fumo, sal, aguardente e gado.

O que aconteceu durante a revolta 
          Liderada por Filipe dos Santos, a revolta contou com a participação de vários integrantes do povo (principalmente pessoas mais pobres e da classe média de Vila Rica). Os revoltosos pegaram em armas e ocuparam alguns pontos de Vila Rica. Após chamar os revoltosos para negociar, o governador ordenou a prisão de todos que participaram da revolta.

Reação do governo e consequências
          - Houve forte reação da coroa portuguesa contra a revolta. O líder, Filipe dos Santos, foi condenado e executado.
          - As casas de muitos revoltosos foram queimadas pelas tropas do governo.
          - O governo português continuou com as Casas de Fundição e até aumentou a fiscalização na colônia.

          - Houve a separação da capitania de São Paulo de Minas Gerais. 


Crise no Sistema Colonial

Revolução Pernambucana - resumo, o que foi, causas, objetivo

História da Revolução Pernambucana, objetivo, o que foi, causas, resumo, revolta emancipacionista.

Revolução Pernambucana de 1817

Revolução Pernambucana
O que foi
          A Revolução Pernambucana foi um movimento social (revolta) de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerado um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro.

Causas.
          Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos;
          Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil;
          Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons;
          Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região;
Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816.

Objetivo
          O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.

Como foi a revolta
          Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o governador.
Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário de militares.
          Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos e ampliar a revolução. Porém, sem apoio popular significativo, estes movimentos não avançaram.

Repressão do governo
          Preocupado com a possibilidade de ampliação da revolta para outras províncias, D.João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes de Pernambuco. As tropas oficiais cercaram Recife. Os embates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos. Os líderes foram presos e condenados à morte.

O que foi
          A Revolução Pernambucana foi um movimento social (revolta) de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerado um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do período colonial brasileiro.

Causas
          Insatisfação popular com a chegada e funcionamento da corte portuguesa no Brasil, desde o ano de 1808. O questionamento maior era com relação a grande quantidade de portugueses nos cargos públicos;
          Insatisfação com impostos e tributos criados no Brasil por D. João VI a partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil;

          Influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista. Os ideais da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, ecoavam em solo pernambucano, principalmente entre os maçons;
          Significativa crise econômica que abatia a região, atingindo, principalmente, as camadas mais pobres da população pernambucana. A crise era provocada, principalmente, pela queda nas exportações de açúcar, principal produto da região;
          Fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816.

Objetivo
          O movimento social pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição.

Como foi a revolta
          Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário de militares.
          Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos e ampliar a revolução. Porém, sem apoio popular significativo, estes movimentos não avançaram.

Repressão do governo e fim da revolta
          Preocupado com a possibilidade de ampliação da revolta para outras províncias, D.João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes de Pernambuco. As tropas oficiais cercaram Recife. Os embates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos. Os líderes foram presos e condenados à morte.


Referências Bibliográficas

Boulos, Junior, Alfredo - História, Sociedade & Cidadania, 1º ano/Alfredo Boulos Junior. - 2ª Ed. - São Paulo: FTD 2016 

Hernandez, Leila Maria Gonçalves Leite - A África na Sala de Aula: visita a história contemporânea/ Leila  Leite Hernandez - 2ª ed. rev. - São Paulo. - Selo Negro, 2008

- Davis, Mike - Planeta Favela/ Mike Davis; Tradução Beatriz Medina. - São Paulo : Boitempo, 2006

- Fausto, Boris, História do Brasil/Boris Fausto - 13ª ed. I. Reimpr. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo - USP, 2009.